Descoberto relatório do SIED sobre director do Expresso
Um relatório de 16 páginas sobre Ricardo Costa foi encontrado na posse do ex-espião Jorge Silva Carvalho, vindo assim agravar o rol de queixas da imprensa contra as indiscrições das "secretas". Por seu lado, também o Público se constituiu assistente no processo das "secretas" e pediu a instrução do mesmo.
O documento não poupa nenhum aspecto da privacidade do director daquele periódico, Ricardo Costa, nomeadamente, e segundo o site do Expresso, "relações afetivas, nomes, idades e escolas frequentadas pelos filhos menores, uma análise do seu perfil e dos seus aliados e adversários, bem como um historial desde os seus tempos do liceu".
Acompanha, assim, o percurso do jornalista desde a conclusão da licenciatura na Universidade Nova, inventariando todos os momentos da sua carreira profissional: Expresso, depois SIC-Notícias, depois novamente o semanário.
Para além de informação de domínio público, o relatório inclui vária outra que não podia ser obtida senão por uma espionagem metódica. O site do Expresso reconhecer contudo que, por enquanto, não é possível determinar exactamente a data em que o documento foi elaborado nem a pessoa ou entidade que o encomendou.
De ciência certa, sabe-se que o ficheiro contendo o relatório estava na posse de Jorge Silva Carvalho, o antigo diretor do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) e ex-administrador do grupo Ongoing, a quem foi apreendido pela Polícia Judiciária. O relatório sobre Ricardo Costa vem somar-se a um outro, sobre Francisco Pinto Balsemão, que também se encontrava em posse do ex-espião.
Entretanto, a directora do Público, Bárbara Reis, requereu a abertura da instrução do processo das "secretas", bem como a constituição de Nuno Lopes Dias como arguido. Lopes Dias é o antigo funcionário do departamento operacional do SIED que convenceu uma funcionária da Optimus, Gisela Fernandes Teixeira, a furtar naquela operadora dados da facturação detalhada do jornalista Nuno Simas.
O Ministério Público pedira a constituição Gisela Teixeira em arguida, mas não a de Nuno Lopes Dias, com o argumento de que este se limitara a cumprir ordens. A intervenção de Bárbara Reis, agora constituída em assistente do processo, poderá alterar o estatuto do diligente espião do SIED no processo. O pedido da directora do Público considera que ambos, espião e funcionária da Optimus, “tinham perfeita consciência da ilicitude dos actos que praticaram”.
As ordens que o Ministério Público invocou como justificação para não arguir Lopes Dias datam de Agosto de 2010, e provêm do superior hierárquico de Dias, João Luís, que por sua vez as recebera de Silva Carvalho.
Outro arguido do processo é o presidente da Ongoing, Nuno Vasconcellos, acusado de um crime de corrupção activa.
Acompanha, assim, o percurso do jornalista desde a conclusão da licenciatura na Universidade Nova, inventariando todos os momentos da sua carreira profissional: Expresso, depois SIC-Notícias, depois novamente o semanário.
Para além de informação de domínio público, o relatório inclui vária outra que não podia ser obtida senão por uma espionagem metódica. O site do Expresso reconhecer contudo que, por enquanto, não é possível determinar exactamente a data em que o documento foi elaborado nem a pessoa ou entidade que o encomendou.
De ciência certa, sabe-se que o ficheiro contendo o relatório estava na posse de Jorge Silva Carvalho, o antigo diretor do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) e ex-administrador do grupo Ongoing, a quem foi apreendido pela Polícia Judiciária. O relatório sobre Ricardo Costa vem somar-se a um outro, sobre Francisco Pinto Balsemão, que também se encontrava em posse do ex-espião.
Entretanto, a directora do Público, Bárbara Reis, requereu a abertura da instrução do processo das "secretas", bem como a constituição de Nuno Lopes Dias como arguido. Lopes Dias é o antigo funcionário do departamento operacional do SIED que convenceu uma funcionária da Optimus, Gisela Fernandes Teixeira, a furtar naquela operadora dados da facturação detalhada do jornalista Nuno Simas.
O Ministério Público pedira a constituição Gisela Teixeira em arguida, mas não a de Nuno Lopes Dias, com o argumento de que este se limitara a cumprir ordens. A intervenção de Bárbara Reis, agora constituída em assistente do processo, poderá alterar o estatuto do diligente espião do SIED no processo. O pedido da directora do Público considera que ambos, espião e funcionária da Optimus, “tinham perfeita consciência da ilicitude dos actos que praticaram”.
As ordens que o Ministério Público invocou como justificação para não arguir Lopes Dias datam de Agosto de 2010, e provêm do superior hierárquico de Dias, João Luís, que por sua vez as recebera de Silva Carvalho.
Outro arguido do processo é o presidente da Ongoing, Nuno Vasconcellos, acusado de um crime de corrupção activa.
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