SONETO SÓ PARA NÃO FICAR A GANHAR PÓ
Dizia dar – promessas são de mel…-
A lua, o sol… inteira, a claridade
Arrancada ao silêncio dum pincel
Em dias de inspirada ubiquidade…
Todo se dava, em juras de cordel,
Julgando conquistar corpo e vontade,
Mas nada o impediu de, na verdade,
Ir resguardando a sua própria pele…
Assim morre esquecido, esse perjuro
Duma promessa insólita, intangível,
Sem assumir um erro, um erro só,
Onde nunca o encontro, nem procuro,
Elevando uma mão imprevisível
Na qual nada apanhara… a não ser pó.
A lua, o sol… inteira, a claridade
Arrancada ao silêncio dum pincel
Em dias de inspirada ubiquidade…
Todo se dava, em juras de cordel,
Julgando conquistar corpo e vontade,
Mas nada o impediu de, na verdade,
Ir resguardando a sua própria pele…
Assim morre esquecido, esse perjuro
Duma promessa insólita, intangível,
Sem assumir um erro, um erro só,
Onde nunca o encontro, nem procuro,
Elevando uma mão imprevisível
Na qual nada apanhara… a não ser pó.
Maria João Brito de Sousa – 24.05.2012
blog poetaporkedeusker
Imagem "roubada" da net, via Google - Fonte de Neptuno, palácio de Schonnburg (com trema :), Viena, Áustria
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