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domingo, 17 de julho de 2011

A VINGANÇA SERVE-SE FRIA ! MANUELA MOURA GUEDES VINGOU-SE !!! SERVIÇOS SECRETOS INVESTIGARAM BAIRRÃO ( EXPRESSO)



 
A decisão de afastar Bernardo Bairrão da lista dos secretários de Estado também passou por uma consulta aos serviços secretos, apurou o Expresso.

Colocado perante diversos indícios que aludiam a "alguns negócios" no Brasil e Angola do ex-administrador da TVI, o primeiro-ministro terá pedido que a questão fosse apurada ao pormenor, o que envolveu o recurso aos serviços de informações.

O pedido surgiu na própria manhã de segunda-feira, dia 26, quando Bairrão constava ainda da lista de secretários de Estado que foi levada a Belém. A resposta veio a tempo de, ao princípio da tarde, o próprio Bairrão ser confrontado com a "necessidade de refletir" sobre a sua eventual ida para o Governo.
Como o Expresso já noticiou, as suspeitas iniciais decorreram de um SMS que Manuela Moura Guedes (que Bairrão afastou dos ecrãs da TVI nas vésperas das legislativas de 2009) enviou para o telefone pessoal de Pedro Passos Coelho. Questões relacionadas com negócios em Angola com a TV Zimbo e no Brasil com o ex-diretor de programas da TVI André Cerqueira eram o eixo central das eventuais suspeitas. Um tema que já foi noticiado pelo "Correio da Manhã" mas que agora assustou o primeiro-ministro.
Antes de ir a Belém com a lista de secretários de Estado, Pedro Passos Coelho pediu a Paulo Portas para falar diretamente com Miguel Pais do Amaral, o patrão da TVI que é amigo do líder do CDS-PP, e a Miguel Relvas para telefonar a Manuela Moura Guedes.
Enquanto decorriam estes telefonemas, o Governo pediu ajuda aos serviços secretos, confirmou o Expresso esta semana. Foi ainda sem a resposta da secreta que Passos Coelho foi a Belém e foi por isso que o nome de Bairrão se manteve na lista.
A informação recolhida só chegou à hora de almoço e não terá ido muito além dos temas que eram comentados nos bastidores da TVI e dos media portugueses. Mas a delicadeza da pasta, a Administração Interna, acabou por deitar Bairrão abaixo. Mais do que negócios "pouco claros", o Governo temeu casos mediáticos com quem ia ter a tutela direta das polícias. Foi esta constatação que levou Passos Coelho a desistir de um nome convidado oito dias antes com o seu conhecimento e total apoio.
Artigo publicado na edição do Expresso de 16 de julho de 2011

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