LIVRO
Mário Soares diz que Cavaco podia ter evitado a crise
O antigo Presidente da República Mário Soares considera que o atual chefe de Estado podia ter evitado a crise política no país, lembrando a promessa de Cavaco Silva de que exerceria uma magistratura de influência mais activa.
Esta posição do antigo primeiro-ministro e fundador do PS consta do livro "Portugal Tem Saída - Um Olhar Sobre a Crise", que relata uma reflexão entre Soares e a jornalista do Público Teresa de Sousa e que é apresentado na segunda-feira.
"O Presidente da República ficou estranhamente silencioso. Fiz-lhe um apelo público 'angustiado' para que evitasse a crise. Quanto a mim, podia tê-lo feito", afirma Mário Soares.
O antigo Presidente da República recorda que Cavaco Silva "alegou o facto de as coisas 'terem sucedido com muita rapidez' o que lhe retirou 'margem de manobra'" e tira depois uma conclusão: "É uma explicação seguramente verdadeira, mas faz-nos reflectir. Sobretudo depois da promessa que fez aos portugueses de exercer uma magistratura de influência mais activa".
Afirmando que a oposição "falhou" quando levou à queda do Governo socialista, numa "insensatez tremenda", Soares sublinha que o PSD "não teve qualquer vantagem em ter precipitado a crise política, no momento em que o fez".
Ainda sobre os sociais-democratas, o antigo chefe de Estado diz que "há grupos" no partido que não gostam de Pedro Passos Coelho e que só o queriam como primeiro-ministro para o destruir, depois de realizado "o trabalho mais difícil e impopular".
DN
"O Presidente da República ficou estranhamente silencioso. Fiz-lhe um apelo público 'angustiado' para que evitasse a crise. Quanto a mim, podia tê-lo feito", afirma Mário Soares.
O antigo Presidente da República recorda que Cavaco Silva "alegou o facto de as coisas 'terem sucedido com muita rapidez' o que lhe retirou 'margem de manobra'" e tira depois uma conclusão: "É uma explicação seguramente verdadeira, mas faz-nos reflectir. Sobretudo depois da promessa que fez aos portugueses de exercer uma magistratura de influência mais activa".
Afirmando que a oposição "falhou" quando levou à queda do Governo socialista, numa "insensatez tremenda", Soares sublinha que o PSD "não teve qualquer vantagem em ter precipitado a crise política, no momento em que o fez".
Ainda sobre os sociais-democratas, o antigo chefe de Estado diz que "há grupos" no partido que não gostam de Pedro Passos Coelho e que só o queriam como primeiro-ministro para o destruir, depois de realizado "o trabalho mais difícil e impopular".
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