A razão ao buscar a sua verdade
É persuasiva e não imperativa
No diálogo sem som do pensamento
De si para consigo
Na reflexão.
E, quando a tensão provocada
Por uma forte emoção
Ocasiona uma queda livre
Dentro de si mesma
Um mergulho no íntimo
Surge uma reação
Da oportuna razão.
A nova Mulher
Antes, afetada e sofrida
Surge cantando seu fado.
Tremo sinto calafrios
Mas, venci derrotei o vazio.
Fui exilada
Não me importa mais
Desisti transgredi
Reagi não me submeti.
Matei de um só golpe
A inferioridade e a carência
Que tinham plantado
Em mim.
Em tempo algum
Nenhum ato ou sentimento
Deve ser maior
Que nossa liberdade
Nosso amor próprio.
Nenhum efeito
Deve ser maior
Que aquilo que o causou.
Libertei-me sou outra
Renasci no ato da revolta.
Quando perguntarem
Direi que não existo mais
Alforriei-me sou livre
Me amo me respeito.
Tornei-me uma alma
Iluminada corajosa feliz
A noite de outrora acabou.
O presente (agora) me diz
Que aquela mulher sofrida
Escrava das circunstâncias
Se foi... desvaneceu-se.
O amanhã rege meu hoje
Sou dona da minha vida
Cúmplice do meu destino.
(sou a nova Mulher...)
ALICE LUCONI NASSIF
Luso poemas
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