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(David Dinis, in Expresso Diário, 02/10/2019)
Está à vista um cenário penoso para o PS: se as últimas sondagens acertarem, o PS precisa do Bloco e só dele para governar. Parece melhor do que Costa tem hoje, mas pode ser bem mais instável. Eis porquê.
Para quem esteve à beira de uma maioria absoluta, o cenário das sondagens desta terça-feira é quase penoso para António Costa. Se no próximo domingo o PS só conseguir eleger 102 deputados, ficando no ponto intermédio da projeção da Universidade Católica, a sua governação vai ficar na mão do Bloco de Esquerda – nada mais, nada menos, do que o seu principal alvo ao longo de toda a campanha.
Na mão do Bloco, porque com 102 deputados ficam a faltar-lhe 14 deputados para fazer uma maioria na Assembleia. Acreditando nestas projeções, o PAN só conseguirá quatro – ficando longe do ambicionado papel de “parceiro verde” de um Governo rosa. O mesmo se aplica ao PCP: o máximo que esta sondagem entrega a Jerónimo de Sousa são 13 deputados, um a menos do que Costa precisaria. Claro que o líder socialista poderia tentar uma outra “geringonça”, mas juntar os deputados da CDU e do PAN implicava casar PAN e os Verdes, coisa tão improvável como juntar o Bip Bip e o Coyote à mesa de jantar.
Sobra, portanto, o Bloco. Sabendo que o partido de Catarina Martins não só pode chegar aos 10% dos votos, como atingir os 24 deputados – a marca mais elevada de há décadas para um terceiro partido na AR. Agora lembre-se do que disse o primeiro-ministro ao Filipe Santos Costa, na conversa que teve com ele para a última edição do Expresso: “Esta solução teria sido impossível se o BE tivesse mais peso, e ainda mais se eles estivessem no Governo.” E acrescente uma outra: “Aquilo de que eu tinha a certeza há quatro anos, até agora não tenho certeza nenhuma. Para mim, o quadro é muito mais incerto do que em 2015.” E é mesmo.
Chegados a tão poucos dias das legislativas, sendo este o cenário central, vale a pena deixar sete dúvidas que se podem colocar no dia seguinte. E que o podem tornar até mais difícil de gerir do que a atual “geringonça”. Aqui vão eles.
Está à vista um cenário penoso para o PS: se as últimas sondagens acertarem, o PS precisa do Bloco e só dele para governar. Parece melhor do que Costa tem hoje, mas pode ser bem mais instável. Eis porquê.
Para quem esteve à beira de uma maioria absoluta, o cenário das sondagens desta terça-feira é quase penoso para António Costa. Se no próximo domingo o PS só conseguir eleger 102 deputados, ficando no ponto intermédio da projeção da Universidade Católica, a sua governação vai ficar na mão do Bloco de Esquerda – nada mais, nada menos, do que o seu principal alvo ao longo de toda a campanha.
Na mão do Bloco, porque com 102 deputados ficam a faltar-lhe 14 deputados para fazer uma maioria na Assembleia. Acreditando nestas projeções, o PAN só conseguirá quatro – ficando longe do ambicionado papel de “parceiro verde” de um Governo rosa. O mesmo se aplica ao PCP: o máximo que esta sondagem entrega a Jerónimo de Sousa são 13 deputados, um a menos do que Costa precisaria. Claro que o líder socialista poderia tentar uma outra “geringonça”, mas juntar os deputados da CDU e do PAN implicava casar PAN e os Verdes, coisa tão improvável como juntar o Bip Bip e o Coyote à mesa de jantar.
Sobra, portanto, o Bloco. Sabendo que o partido de Catarina Martins não só pode chegar aos 10% dos votos, como atingir os 24 deputados – a marca mais elevada de há décadas para um terceiro partido na AR. Agora lembre-se do que disse o primeiro-ministro ao Filipe Santos Costa, na conversa que teve com ele para a última edição do Expresso: “Esta solução teria sido impossível se o BE tivesse mais peso, e ainda mais se eles estivessem no Governo.” E acrescente uma outra: “Aquilo de que eu tinha a certeza há quatro anos, até agora não tenho certeza nenhuma. Para mim, o quadro é muito mais incerto do que em 2015.” E é mesmo.
Chegados a tão poucos dias das legislativas, sendo este o cenário central, vale a pena deixar sete dúvidas que se podem colocar no dia seguinte. E que o podem tornar até mais difícil de gerir do que a atual “geringonça”. Aqui vão eles.
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