Dirigentes das associações patronais e da UGT desdobraram-se em contactos com as cúpulas e os grupos parlamentares dos dois partidos para garantir a aprovação das alterações à lei laboral.
As estruturas que assinaram com o Governo o acordo de concertação laboral que, anunciando o combate à precariedade, cria novos mecanismos de fragilização dos direitos dos trabalhadores receberam garantias de que este passa na Assembleia da República, afirmaram ao Expresso vários dirigentes patronais e o secretário-geral da UGT.
Os contactos mantidos há uma semana, antes da assinatura formal do acordo, terão descansado as preocupações do patronato e o incómodo da UGT de ver, pela segunda vez consecutiva, um acordo por si assinado que favorece o patronato a cair no Parlamento.
Se do lado dos patrões a preocupação passa por assegurar os ganhos de causa conseguidos por parte daqueles que têm sido seus fiéis representantes políticos, o PSD e o CDS-PP, do lado da UGT qualquer acordo parece ser uma autêntica prova de vida. Carlos Silva afirma ter mantido encontros com as bancadas parlamentares do PSD e do CDS-PP. O secretário-geral da UGT deixou mesmo avisos ao seu próprio partido, o PS, e ao seu presidente.
Em resposta à afirmação de Carlos César de que o grupo parlamentar que dirige irá propor alterações à proposta acertada pelo Governo com os patrões e a UGT, Carlos Silva classificou-o como uma figura de «segunda linha» do PS, apesar de César acumular a presidência da bancada com a do partido.
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