Depois de conhecida a decisão de afastar Dilma, milhares de pessoas saíram à rua para protestar. O centro de São Paulo transformou-se numa "zona de guerra". Dez manifestantes foram detidos.
Um protesto contra a destituição de Dilma Rousseff com milhares de pessoas no centro de São Paulo, no Brasil, transformou-se, ontem, num cenário de guerra, com episódios de vandalismo e gás lacrimogéneo lançado pela polícia.
A manifestação foi marcada nas redes sociais e começou por volta das 18:00 (22:00 em Lisboa) junto ao Museu de Arte de São Paulo.
A concentração começou de forma pacífica, com os manifestantes a saírem da Avenida Paulista em direção à Rua da Consolação, onde se verificou então uma forte reação da polícia, que lançou dezenas de bombas de gás lacrimogéneo sobre os manifestantes. Os manifestantes responderam com fogueiras de lixo na Rua da Consolação, transformando a zona num cenário de guerra.
Uma fonte policial explicou à agência Lusa que a reação das forças de segurança presentes no local, incluindo dezenas de agentes, se deveu a autocarros queimados nas ruas.
Além de gritarem "Fora, Temer", numa referência ao Presidente da República empossado na sequência da aprovação da destituição de Dilma Rousseff, a mesma frase foi escrita em prédios que não estavam a ser vigiados.
Pelo menos, uma pessoa ficou ferida durante o protesto. Os tumultos continuam noutras áreas do centro da cidade.
O Brasil chamou os embaixadores na Venezuela, Bolívia e Equador depois destes 3 países terem condenado a destituição de Dilma Rousseff.
A decisão dos senadores brasileiros provocou ainda protestos em frente ao consulado brasileiro em Nova Iorque.
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