A Polícia Judiciária deteve, esta segunda-feira, o cidadão luso-brasileiro Raul Schmidt, sócio de um antigo diretor da Petrobrás, no âmbito do cumprimento de uma carta rogatória relacionada com o processo Lava Jato, disse fonte policial.
Segundo fonte da PJ, a detenção de Raul Schmidt ocorreu hoje de manhã, em Lisboa, no âmbito de uma carta rogatória emitida pelas autoridades brasileiras que investigam o caso Lava Jato, relacionado com crimes económicos.
A Operação Lava Jato, investigada pela policia federal brasileira, começou em março de 2014, e é considerada já uma das maiores investigações a atos de corrupção e branqueamento de capitais no Brasil.
A mesma fonte acrescentou que Raul Schmidt foi detido num apartamento de luxo no centro de Lisboa.
Raul Schmidt era procurado pelas autoridades brasileiras, estava em fuga e escondido em Portugal.
Foragido desde julho
O Ministério Público Federal brasileiro informou o detido estava foragido desde julho de 2015.
Segundo um comunicado da mesma fonte, citada pela imprensa brasileira, a ordem de prisão foi expedida em julho e o nome dele foi incluído no alerta de difusão da Interpol em outubro.
O cumprimento das medidas foi feito pela Polícia Judiciária portuguesa e pelo Ministério Público português, sendo que o Ministério Público Federal e da Polícia Federal acompanharam as diligências.
"Raul Schmidt é brasileiro e também possui naturalidade portuguesa. O investigado vivia em Londres, onde mantinha uma galeria de arte, e mudou-se para Portugal após o início da operação Lava Jato, em virtude da dupla nacionalidade", informou o Ministério Público Federal.
O Brasil dará agora início ao processo de extradição.
De acordo com a Procuradoria brasileira, Raul Schmidt Felipe Junior é investigado pelo pagamento de subornos aos ex-diretores da estatal petrolífera Renato de Souza Duque (Serviços), Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada (ambos da área Internacional).
Os três estão presos no Brasil pela participação no esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa instalado na Petrobrás.
Raul Schmidt foi sócio do ex-diretor da Área Internacional da Petrobrás Jorge Zelada, condenado no mês passado a 12 anos e dois meses de prisão por corrupção e branqueamento de capitais no âmbito da Operação Lava Jato
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