INFORMAÇÃO 2/2016 AOS ASSOCIADOS DO MONTEPIO
Um apelo a todos os associados para que participem na assembleia geral de 31.3.2016. Tomás Correia e o padre Melícias não informam os associados (a assembleia apenas é divulgada em 2 jornais não lidos pela maioria dos associados porque a lei impõe) da realização da assembleia porque pretendem afastá-los da assembleia para que não conheçam os resultados de uma gestão desastrosa para o Montepio
É NECESSÁRIO QUE TODOS OS ASSOCIADOS PARTICIPEM NA ASSEMBLEIA GERAL E PEÇAM ESCLARECIMENTOS E RESPONSABILIDADES À ADMINISTRAÇÃO DE TOMÁS CORREIA PELO FACTO DE, EM 2015, A CAIXA ECONÓMICA TER TIDO 237 MILHÕES € DE PREJUÍZOS, E A ASSOCIAÇÃO MUTUALISTA 393 MILHÕES € DE PREJUÍZOS.
QUEM NÃO PARTICIPAR NÃO PODE MAIS TARDE QUEIXAR-SE DAS CONSEQUÊNCIAS DA MÁ GESTÃO DE TOMÁS CORREIA. SÓ PARTICIPANDO NAS ASSEMBLEIAS GERAIS É QUE OS ASSOCIADOS CONHECERÃO A VERDADEIRA SITUAÇÃO DO MONTEPIO, E FISCALIZARÃO E PODERÃO DEFENDER O MUTUALISMO E AS SUAS POUPANÇAS.
Convocatória, relatório e contas de 2015 e outros documentos disponíveis em:
https://www.montepio.pt/SitePublico/pt_PT/institucional/grupo/associacao-mutualista/assembleias/2016.page?altcode=AMAS2016
Há mais de dois anos que temos vindo a alertar os associados do Montepio Geral para o facto que gestão desastrosa de Tomás Correia estava a causar uma destruição muito elevada de valor no grupo Montepio. As contas da Caixa Económica e da Associação Mutualista referentes a 2015, que acabaram de ser tornadas públicas, confirmam, infelizmente e mais uma vez, os nossos alertas.
Em 2015, a Caixa Económica teve um prejuízo de 237,1 milhões € e os resultados líquidos da Associação Mutualista em 2015 também foram negativos atingindo o elevado montante de 393,1 milhões €, que são os maiores de sempre. Tudo isto é o efeito conjugado da crise económica e financeira que afeta o país e de uma gestão desastrosa.
A PESADA HERANÇA DEIXADA PELA ADMINISTRAÇÃO DE TOMÁS CORREIA NA CAIXA ECONÓMICA DETERMINOU UM PREJUÍZO DE 237,1 MILHÕES € EM 2015(723milhões € em 3 anos)
A administração de Tomás Correia foi afastada da Caixa Económica no 2º semestre de 2015. No entanto, as consequências da sua gestão desastrosa, num contexto de crise,nomeadamente a nível de mau crédito concedido, que determina elevadas “imparidades” (prejuízos) por não se conseguir receber, continuam a fazer sentir-se. Por essa razão, a Caixa Económica apresentou em 2015 um prejuízo de 237,1 milhões €, sendo uma das causas mais importantes, para além dos efeitos do FINIBANCO que continuam-se a sentir, as elevadas “imparidades” (prejuízos) causadas por mau credito concedido no passado, ou seja, por Tomás Correia, que atingiram 258,4 milhões €, um valor inferior em 45% às imparidades de 2014, mas superior ao resultado liquido negativo de 2015 – 237,1 M € - o que significa que ganhos obtidos em outras rúbricas foram utilizados para cobrir uma parcela das “imparidades” verificadas no crédito concedido pela administração de Tomás Correia.
Para que os associados fiquem com uma ideia dos prejuízos causados pela administração de Tomás Correia é importante que saibam o seguinte. No período 2012-2015, a Caixa Económica teve de constituir 1.256,7 milhões € de “imparidades” devido a crédito mau (sem garantias ou com garantias insuficientes, sem análise de risco, etc.) concedido pela administração de Tomás Correia que não se conseguiu receber ou se prevê que não se receba. Credito perdido ou que se prevê perder no montante de 1.256,7 milhões € nos últimos quatro anos o que causou perdas à Caixa Económica tendo contribuído para os elevados prejuízos que ela tem tido. Tomás Correia, por ignorância ou para enganar os associados, quando se refere às “imparidades”, que é credito perdido ou que provavelmente se vai perder, apresenta-as com sendo reservas ocultas (o que revela bem a sua incompetência e falta de qualificação como gestor pois confunde “reservas” com” imparidades”), dizendo que esse crédito será recuperado, mas não diz como e quando. É mais uma mentira. Parte desse crédito já foi “perdoado/perdido”; outra parte foi anulado e lançado numa conta extrapatrimonial chamada “Credito abatido ao ativo”, que acumula muitas centenas de milhões € de credito que não é nem recuperado nem se consegue vender, e o pouco que se consegue é apenas por 5% do seu valor. E a parcela que resta também deve ser perdida pois é o que se concluiu depois de uma análise da situação económica do devedor e da sua capacidade para pagar o crédito que obteve. E é por isso que se constituíram as “imparidades”. E a realidade é sempre pior do que se prevê. Os elevados prejuízos da Caixa Económica que, nos três últimos anos, somaram 723 milhões€, causaram uma enorme delapidação dos seus Capitais Próprios (diferença entre o ATIVO e o PASSIVO), e obrigado a Associação Mutualista, como única acionista, a fazer sucessivas recapitalizações para cumprir os rácios de capital exigidos pelo Banco de Portugal.
Em 2010, os Capitais Próprios da Caixa Económica eram de 995,5 milhões €, e o seu Capital Institucional (ofinanciado diretamente pela Associação Mutualista), somava 800 milhões €. Entre 2010 e 2015, devido aos elevados prejuízos que a Caixa Económica teve resultantes da administração de Tomás Correia, a Associação Mutualista, os associados e os clientes do Montepio tiveram de recapitalizar a Caixa Económica com mais 1.100 milhões €. E em 2016, com mais 300 milhões €, o que dá 1.400 milhões €. A maior parte são poupanças que os associados têm na Associação Mutualista.
Apesar desta recapitalização, como a delapidação dos Capitais Próprios da Caixa Económica pela administração de Tomás Correia foi enorme, a situação evoluiu da seguinte forma. Em 2010, como já referimos, os Capitais Próprios da Caixa Económica eram de 995,5 milhões €. Entre 2010 e 2016, a Associação Mutualista e os associados e clientes tiveram de recapitalizar a Caixa Económica com 1.400 milhões €, o que somados aos 995,5 milhões € dá 2.395,5 milhões €. Era este o valor dos Capitais Próprios que deviam existir em 2016 após a recapitalização de 300 milhões € que teve lugar já este ano. No entanto, os Capitais Próprios atuais da Caixa Económica rondam apenas 1.641,5 milhões €. Isto significa que a administração de Tomás Correia delapidou 754 milhões €, que é a diferença entre o valor que devia estar e o que existe. Por aqui, os associados ficam com um ideia clara e quantificada do que significou a gestão desastrosa e, em muitos casos, irresponsável para não dizer outra coisa da administração de Tomás Correia na Caixa Económica.
Em 2016, pelas razões já referidas, a Caixa Económica teve de ser recapitalizada com mais 300 milhões € pela Associação Mutualista, para cumprir assim os rácios de capital exigidos pelo Banco de Portugal. Para não reduzir a liquidez da Associação Mutualista, a Caixa Económica utilizou a maior parte dos 300 milhões € para adquirir os edifícios da Associação Mutualista que utiliza (balcões, etc.), devolvendo desta forma, à Associação uma parcela importante dos 300 milhões €, no entanto à custa de transferência de uma parte do seu património para a Caixa Económica.
Na Caixa Económica, com a nova administração que tomou posse no 2º semestre de 2015, foi alterada a estratégia de elevado risco da administração anterior que tinha causado enormes prejuízos e introduzida uma gestão mais profissional e de rigor que não existia com Tomás Correia, nomeadamente a nível de concessão de crédito.
Estamos a acompanhar e a fiscalizar, como membro do Conselho Geral de Supervisão da Caixa Económica, a atividade do novo conselho de administração, até porque deixaram de nos criar muitos dos obstáculos à obtenção de informação que Tomas Correia e os seus defensores nos órgãos de fiscalização criavam, o que nos permitiu fazer também uma análise mais correta e profunda da gestão anterior. Esperamos que a recuperação na Caixa Económica tenha lugar, mas só futuro e os resultados conseguidos pela nova administração é que poderão confirmar isso. Vamos procurar cumprir as funções atribuídas aos membros dos órgãos de fiscalização, estar atentos e vigilantes e pedimos aos associados que estejam atentos pois isso é importante.
393,1 MILHÕES € DE PREJUÍZOS NA ASSOCIAÇÃO MUTUALISTA EM 2015. É NECESSÁRIO QUE TODOS OS ASSOCIADOS PARTICIPEM NA ASSEMBLEIA GERAL DE 31.3.2016 ONDE SERÃO APRESENTADAS E DEBATIDAS AS CONTAS DE 2015
Os danos causados à Associação Mutualista pela administração desastrosa de Tomás Correia não foram menores. Em 2015, os resultados líquidos da Associação Mutualista foram negativos tendo atingido o elevado montante de 393,1 milhões €. E isto a nível das contas individuais, porque a nível de contas consolidadas, que ainda não foram apresentadas e que inclui os resultados de todas as empresas em que Associação Mutualista tem participação no capital, os prejuízos serão certamente muito mais elevados em 2015.
A nível de contas individuais, a Associação Mutualista tinha sempre apresentado excedentes (resultados positivos) nos últimos anos. Por isso, é natural que muitos associados se interroguem por que razão se registaram estes elevados prejuízos em 2015. É isso quevamos procurar esclarecer os associados até porque a administração do Montepio não esclarece nem informa. O pouco que os associados sabem, a mais das vezes distorcido, é pelos jornais.
Uma parcela importante dos Capitais Próprios da Associação Mutualista e das poupanças que os associados têm nela foram aplicados, pela administração da Associação Mutualista, em empresas do grupo Montepio. Como consta do quadro que está na pág. 46 do Relatório e Contas de 2015 da Associação Mutualista disponível no “site” do Montepio(o endereço está no inicio desta informação), no fim de 2015, a Associação Mutualista tinha investido 1.700 milhões € na Caixa Económica e 266 milhões € em outras empresas do grupo Montepio.
Devido aos elevados prejuízos que se tem verificado em muitas empresas do grupo Montepio, aquelas participações perderam valor, dando origem a elevadas perdas, tendo-se por isso constituído, como consta do quadro que está na pág. 53 do Relatório e Contas de 2015 que os associados também poderão consultar, 429,5 milhões € de “Provisões e imparidades”, o que determinou os elevados prejuízos de 393,1 milhões € em 2015.
No Relatório Contas de 2015 da Associação Mutualista, disponível no “site” do Montepio no endereço já indicado, existem outras informações importantes para as quais desejamos chamar a atenção dos associados para sua reflexão.
No quadro da pág. 53 do Relatório e Contas de 2015, informa-se que os 429,5 milhões € de imparidades (perda de valor) em 2015 tiveram lugar na Caixa Económica (350 milhões €), no Montepio Seguros (63,1 milhões €), em que uma das suas empresas – a Lusitânia seguros não vida – devido também a uma gestão desastrosa tem acumulado elevados prejuízos, e em outros ativos (19,9 milhões €). Na pág. 108, por baixo de quadro, consta a informação que, em 2015, a Associação Mutualista teve de aplicar 55 milhões € de prestações suplementares no Montepio Seguros, para além dos 18 milhões € concedidos em 2014. E isto devidos aos elevados prejuízos continuamente registados na Lusitânia seguros não vida, uma empresa que se transformou também num sorvedouro de capitais da Associação Mutualista, devido à má gestão que ninguém põe cobro. Na pág. 119 do Relatório e Contas consta a informação que o valor das poupanças dos associados na Associação Mutualista atingia, no fim de 2015, 3.536,4 milhões €, sendo 2.939,9 milhões € de modalidades de capitalização e 596,5 milhões € de modalidades atuariais. E no quadro da pág. 127, os associados ficam a saber que 1.500,4 milhões € estão aplicados na Caixa Económica em depósitos e em ativos financeiros (obrigações de caixa, papel comercial, etc.), a que se devem somar mais 1.700 milhões € que a Associação Mutualista tem aplicado no capital institucional da Caixa Económica, o que dá 3.200 milhões €. Este valor correspondente a 90,5% do valor das poupanças dos associados, o que significa que existe um risco de concentração elevado permitido pelo Ministério do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social.
Os elevados prejuízos verificados na Associação Mutualista em 2015 causaram uma enorme delapidação dos seus Capitais Próprios (SITUAÇÃO LIQUIDA) que se obtém deduzindo ao seu ATIVO (o que a Associação Mutualista possui mais aquilo que tem a receber) o seu PASSIVO (o que a Associação Mutualista deve e tem de pagar). Em 2014, o ATIVO da Associação Mutualista era superior ao seu PASSIVO em 682,2 milhões €, mas em 2015 essa diferença tinha diminuído para apenas 207,7 milhões € como consta das suas contas (ver quadro da pág. 18), o que significa que foram delapidados (desapareceram) 474,5 milhões € num ano apenas devido aos elevados prejuízos que a Associação Mutualista teve em 2015 fruto da administração de Tomás Correia.
UM PEDIDO NOVAMENTE DE AUDIÊNCIA AO NOVO MINISTRO DO TRABALHO, DA SOLIDARIEDADE E DA SEGURANÇA SOCIAL
De acordo com a lei, a supervisão da Associação Mutualista- Montepio Geral cabe ao Ministério do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social. Como essa supervisão na prática não era feita, solicitamos, durante os anos de 2014 e 2015, por diversas vezes, uma audiência ao ministro do Emprego, da Solidariedade e da Segurança Social Mota Soares, o que nunca foi concedida nem dada qualquer explicação. Tomás Correia gabava-se que tinha o apoio de Mota Soares.
Devido ao facto da situação não se ter alterado (os resultados das Contas de 2015 confirmam isso) solicitamos de novo uma audiência ao novo ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, Vieira da Silva, para lhe expor a situação existente no grupo Montepio e, nomeadamente, na Associação Mutualista, advertindo desde já que ele seria responsável pelas consequências de tudo que possa acontecer na Associação Mutualista devido à inexistência de uma supervisão eficaz, não podendo mais tarde dizer que não foi atempadamente alertado.
Aos associados fazemos novamente um apelo: QUE ESTEJAM PRESENTES E PARTICIPEM ATIVAMENTE NA ASSEMBLEIA GERAL QUE SE REALIZARÁ NO DIA 31 DE MARÇO DE 2016 (este mês) NO AUDITÓRIO DO MONTEPIO QUE SE SITUA 6º ANDAR NO EDIFÍCIO MONTEPIO, Nº 219-241, NA RUA DO OURO EM LISBOA. Exijam esclarecimentos e peçam responsabilidades pela situação a que chegou o Montepio à sua administração. Tomás Correia e o padre Melícias, não informam os associados da realização da assembleia, utilizando para isso a revista Montepio que é enviada a todos associados ou por meio de uma carta semelhante à que enviou recentemente a todos os associados para se autopromover. Apenas fazem sair um anúncio em 2 jornais diários, não lidos pela esmagadora maioria dos associados, porque a lei impõe isso. E fazem isso porque pretendem que os associados não saibam da assembleia e não participem nela para assim esconder(aos associados) os resultados da sua gestão desastrosa, que causou já enormes prejuízos ao Montepio. Só participando ativamente é que os associados poderão defender o mutualismo e as suas poupanças. QUEM NÃO PARTICIPAR NÃO PODE DEPOIS QUEIXAR-SE.
aviagemdosargonautas.net
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