Sem explicações, a polícia húngara encerrou a principal estação de comboios da capital do país. É lá que, nos últimos dias, se têm concentrado milhares de refugiados e migrantes. A estação foi, entretanto, reaberta, mas os refugiados não podem entrar.
Reuters |
De acordo com a agência de notícias húngara, esta manhã, não houve circulação de comboios e cerca de um milhar de pessoas está concentrada junto aos portões da estação aguardando obter qualquer informação. Um repórter da Reuters, que está no local, conta que a multidão está a forçar a reabertura da estação vaiando a polícia e a gritar "Alemanha, Alemanha".
A polícia está a guardar a entrada principal da estação e a pedir que abandonem o local. Ontem, as autoridades húngaras permitiram que cerca de 3500 refugiados e migrantes com e sem bilhete fizessem a viagem de comboio para a Áustria, sendo que a maioria tem a Alemanha como último objetivo.
O governo austríaco pediu, já esta manhã, esclarecimentos à Alemanha sobre a interpretação que faz das regras de asilo para que não sejam criadas falsas esperanças aos refugiados que estão a chegar da Hungria. Um pedido de esclarecimento feito depois de Angela Merkel ter admitido que o país poderá acolher 800 mil refugiados e atribuir aos sírios um estatuto especial.
Esta tomada de posição confundiu outros governos que querem agora saber se o chamado "regulamento de Dublin", que prevê que os migrantes devem pedir asilo no primeiro país da União Europeia onde chegam, está ou não em vigor.
TSF
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