A infanta Cristina vai sentar-se no banco dos réus. A irmã do rei de Espanha enfrenta uma acusação por cumplicidade por ter participado em crimes de fraude fiscal com o seu marido, Iñaki Urdangarin.
O juiz do tribunal de instrução de Palma, José Castro, decidiu incluir a infanta Cristina entre os acusados de fraude fiscal no auto de abertura do julgamento, que foi ditado esta segunda-feira, avança a imprensa espanhola.
O juiz José Castro considerou que a acusação está legitimada para julgar isoladamente a irmã do rei de Espanha, que arrisca assim uma pena até oito anos de prisão. Foi fixada uma caução de 2,6 milhões de euros.
Na resolução judicial, Castro aponta que a infanta contribuiu, como sócia da Aizoon, para que o seu marido facturasse através desta sociedade, como se de rendimentos de actividades económicas se tratasse, e não pessoais, as retribuições que cobrou a numerosas entidades privadas de quem era assessor, e deste modo tributar menos na sua declaração de rendimentos de 2007 a 2008.
O juiz de instrução do processo deixou fora da lista dos 20 acusados o vice-presidente da Câmara de Valência Alfonso Grau e os ex-dirigentes da iniciativa Madrid 2016 Miguel de la Villa e Gerardo Corral.
O procurador anticorrupção espanhol Pedro Horrach pediu 19 anos e seis meses de prisão para Iñaki Urdangarin, cunhado do rei de Espanha Felipe VI, no âmbito do caso Nóos.
Horrach exigiu ainda o pagamento de 3,5 milhões de euros pelo desvio de fundos públicos em vários alegados delitos de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais.
No documento oficial, de 576 páginas, que entregou ao juiz José Castro, o procurador solicitou que sejam julgadas, no caso Nóos, 14 pessoas.
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