https://podotempo.blogspot.com: O DESENHO-RETRATO FEITO À MÃO COM 2,1 MILHÕES DE PONTOS E A SUA HISTÓRIA - O retrato exibido neste post foi cuidadosamente feito à mão, em 138 horas, usando uma técnica chamada "stippling", que exigiu que o artista, Miguel Endara "desenhasse" cerca de 2,1 milhões de pontos de tinta. Por incrível que isso possa parecer, a história por trás deste incrível trabalho de arte é ainda mais alucinante.

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domingo, 28 de dezembro de 2014

O DESENHO-RETRATO FEITO À MÃO COM 2,1 MILHÕES DE PONTOS E A SUA HISTÓRIA - O retrato exibido neste post foi cuidadosamente feito à mão, em 138 horas, usando uma técnica chamada "stippling", que exigiu que o artista, Miguel Endara "desenhasse" cerca de 2,1 milhões de pontos de tinta. Por incrível que isso possa parecer, a história por trás deste incrível trabalho de arte é ainda mais alucinante.

O retrato exibido neste post foi cuidadosamente feito à mão, em 138 horas, usando uma técnica chamada "stippling", que exigiu que o artista, Miguel Endara "desenhasse" cerca de 2,1 milhões de pontos de tinta. Por incrível que isso possa parecer, a história por trás deste incrível trabalho de arte é ainda mais alucinante.

Retrato feito à mão com 2,1 milhões de pontos oculta uma história incrível 01

O homem cujo rosto Endara recriou com milhões de pontos é Benjaman Kyle. Você provavelmente não sabe quem ele é, e, acredite ou não, nem ele. Em 2004, ele foi deixado inconsciente atrás de uma lixeira em um restaurante em Richmond Hill, Geórgia. Não tinha pertences, sem identificação, sofreu queimaduras graves e estava quase cego de catarata. O hospital para onde foi levado já tinha um Jon Doe (designação dada a pessoas sem nome nos EUA), de forma que resolveram chamá-lo de Benjaman Kyle, usando as iniciais do restaurante de fast-food, onde foi encontrado.

Benjaman não tinha idéia de quem era e não se lembrava de nada sobre sua vida antes do incidente. Depois de meses de avaliação médica, foi diagnosticado com amnésia retrógrada. As autoridades não conseguiram descobrir nem uma informação sobre ele e sua existência, assim Benjaman Kyle se tornou a pessoa que não existe na América cujo paradeiro é conhecido. Pior ainda, sem um número de segurança social e de um documento de identificação válido, sua vida estava prestes a se tornar ainda mais complicada.

Impressões digitais, exames de DNA, aparições em notícias nacionais e internacionais ou programas populares, nada disseo ajudou Benjaman descobrir quem realmente era. Como o tempo passou e nenhum resultado foi alcançado, todos esqueceram seu caso, e sem um número de segurança social, o Sr. Kyle não conseguia um emprego, ou mesmo ser aceito em um abrigo. E porque pensavam que ele já tinha um número de segurança social, as autoridades se recusaram a emitir uma nova.

Em 2010, três anos depois de sua aparição, um estudante da escola de cinema da Universidade Estadual da Florida, John Wikstrom, descobriu a história de Benjaman e localizou-o em Jacksonville, Flórida. Estava dormindo em um parque e desgraçadamente não tinha qualquer esperança para o futuro. Mas com a ajuda do jovem cineasta, que criou um documentário comovente sobre a história, foi capaz de enviar uma mensagem para o mundo sobre sua situação. Então as coisas começaram a acontecer...

Benjaman estava de volta a mídia e graças aos esforços de uma apresentadora de um telejornal, sua história chegou a senadores e deputados no Congresso dos EUA, que disseram que o Governo tinha que responder e resolver seu problema de identidade. Foi assim que emitiram um documento de identidade na Flórida, que estabelecia a sua nova identidade e existência em nível estadual. Um dono de restaurante de bom coração ofereceu um trabalho a Benjaman e outro bom samaritano ofereceu um galpão com boas instalações para que morasse, para que não tivesse mais que viver em um parque. A vida de Benjaman mudou completamente por causa de John Wikstrom e seu documentário, mas ainda há uma coisa sem solução: ele ainda precisa de um número de segurança social.

Há inclusive uma petição on-line que necessita de 25 mil assinaturas para assegurar que a Casa Branca responda a esta questão. Neste momento, existem mais de 10 mil assinaturas, e com apenas 11 dias até o prazo final 25 de dezembro, o tempo está se esgotando.

O caso é que depois de assistir a uma exibição do documentário de Benjaman em um festival de cinema, o artista Miguel Endara, que já mostramos aqui desenhando o retrato de seu pai usando a mesma técnica de pontilhismo, decidiu usar suas habilidades para chamar a atenção para esta história incrível, e levantar dinheiro para ajudar na causa de Benjaman para obter seus documentos. Então, passou 138 horas meticulosamente criando seu retrato de 2 milhões de pontos, com uma caneta tinteiro. Isso é uma média de 4,25 pontos por segundo, e a obra de arte concluída é simplesmente inspiradora. Agora, ele está vendendo cópias deste retrato de Kyle Benjaman por 200 reais e metade dos rendimentos são destinados a ajudá-lo.

Muitos acreditam que Benjaman é um humano abduzido que foi devolvido e a cosnpiranóia sobre ele começa a tomar corpo na rede. Ao final do post você pode ver o documentário, que miserável e infelizmente está em Inglês e não há como entendê-lo se não conhecer o idioma bretão.