A taxa de suicídio entre os Guarani Kaiowá de Mato Grosso do Sul é de 232 por 100.000.
Os Guarani estão vivendo em condições precárias nas beiras de estradas ou em reservas superlotadas, onde vivem com altos níveis de alcoolismo, doenças, violência e suicídio. Um homem Guarani disse: “Não tem futuro, não tem respeito, não tem trabalho e nem terra pra plantar e viver. Escolhem morrer porque na verdade já estão mortos por dentro.”
A Coca Cola está implicada no escândalo da grilagem da terra que traz miséria e morte para os Guarani. A empresa norte-americana tem comprado açúcar da gigante alimentícia estadunidense Bunge – que por sua vez compra cana de açúcar de terras que foram tomadas dos Guarani.
Numa carta para a Coca Cola, os Guarani disseram: “Queremos que a Coca Cola sinta conosco a realidade da nossa dor e sofrimento porque a cana de açúcar está acabando com o futuro das nossas crianças. Pedimos que [a empresa] pare de comprar açúcar da Bunge.”
Nixiwaka, da tribo Yawanawa da Amazônia brasileira, afirmou: “a Coca Cola está contribuindo para a destruição e a miséria dos indígenas Guarani, pois está comprando açúcar de uma companhia que compra cana de açúcar de terras que foram roubadas dos Guarani”.
Segundo as últimas estatísticas publicadas pela ONG CIMI [Conselho Indigenista Missionário], a taxa de suicídio entre os Guarani Kaiowá de Mato Grosso do Sul é de 232 por 100.000.