A honra de Passos Coelho
É sempre difícil saber como se mede a honra em pessoas da estirpe de Passos Coelho, que fazem da mentira e das meias verdades modo de vida.
Ontem, numa qualquer sessão de propaganda em Lisboa, o líder do PSD garantia que para ele é ponto de honra tirar Portugal do défice excessivo em 2015 (abaixo de 3%)
No mesmo dia, Bruxelas asegurava que o défice português será de 3,3%.
Se as previsões de Bruxelas estiverem certas, temos fortes razões para nos preocuparmos. Lá para a primavera, vem aí um orçamento rectificativo que nos deixa de pantanas porque, para salvar a honra, Passos Coelho não hesitará em impor mais sacrifícios aos portugueses em ano eleitoral, mesmo que isso ameace a sua reeleição.
Outra hipótese é Passos exigir à Marilu que martele as contas e as aldrabe para esconder o défice. Algo que não é novo e agrada a ambos. Se, mesmo asim, perder as eleições, quem vier a seguir que se amanhe.
Há ainda uma terceira hipótese, mais optimista. Como ninguém sabe - nem ele próprio- onde Passos Coelho escondeu a honra, pode ser que se marimbe no défice e, durante a campanha eleitoral, encontre desculpas esfarrapadas para justificar o falhanço nas metas que se propôs atingir. O TC pode ser, uma vez mais, o alibi perfeito, pois é quase certo que algumas das medidas do OE 2015 serão chumbadas.
Nesse caso, só pagaremos os desvarios de Passos Coelho em 2016. Com língua de palmo pois, se vier a ser reeleito, o líder do PSD será implacável.
cronicasdorochedo.blogspot.pt
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