Passos Coelho – Ah... um dia o escroque põe-se a jeito...
Começo por pedir desculpas pela forma já recorrente de utilizar esta imagem (ainda por cima montada por mim) de um Passos com “ar” de personagem do “estado novo” e com o jornal da “mocidade portuguesa” em fundo... mas depois de dar algumas voltas ao arquivo... acabo por não encontrar nada que lhe assente melhor. Passemos ao assunto:
Se Passos Coelho fosse detentor de uma inteligência e competência acima da triste mediocridade... a sua vida profissional, antes de chegar à “presidência do conselho de ministros”, não se teria limitado a uns empregos de favor, oferecidos na totalidade por um padrinho político (que parece, aliás, já estar arrependido do apadrinhamento).
Ainda assim... não sou dos que pensam que ele é estúpido. Logo, só uma arrogância sem limites pode explicar que o canalha, não tendo aprendido nada com o episódio em que chamou “piegas” aos portugueses, reincida agora, classificando os protestos contra a sua política criminosa... como lamúrias.
A acção sem vergonha deste bando que, entre nós e disfarçado de governo, cuida dos negócios dos banqueiros e especuladores organizados em “troika”, está a conseguir fazer aumentar a minha falta de paciência e radicalismo a um ritmo muitíssimo maior do que aquele que a idade, de forma natural, se encarregaria de ir justificando e desculpando.
Assim, não é de estranhar que eu, por vezes, deseje tanto a oportunidade de ouvir as lamúrias que Passos Coelho soltaria, se fosse rodeado por alguns familiares de idosos, ou doentes assassinados pela falta de assistência médica atempada, ou pela falta de meios para comprar medicamentos... ajudados por uns tantos desempregados cujo desemprego tivesse sido provocado pela política de propositado empobrecimento e destruição da economia do país... a que se juntaria um ou outro pai (ou mãe) de um jovem obrigado a emigrar... e que, em conjunto e em “homenagem” à austeridade “para lá do que atroika exigia” e de que Passos Coelho tanto gosta de se gabar, lhe partissem metodicamente os dentes, lhe reorganizassem reiteradamente a geografia do focinho... juntando-lhe a reinvenção da forma de uma ou duas costelas!!!
Normalmente, este desejo violento acaba por passar... e eu volto a ser uma pessoa quase normal. Quase um bom cristão... não fosse o inultrapassável “handicap” que representa o facto de eu não ser nem bom... nem cristão.
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