sonetos - 06
* Victor Nogueira
o final da safra
PRIMEIRO NA LAZEIRA
Para se espantar alguma sonolência
Por isto não ter grande trabalheira
Quiz bem aproveitar esta lazeira
Serena, sem qualquer incandescência.
Mas aqui o mata sem sapiência
Pensou pôr-me sem jeito nem maneira;
Pois toma, meu nome é Victor Nogueira,
Nas calmas nasceu esta inflorescência.
Não fiquem com a vossa alma pequena
Nem se parta o bondoso coração
Pois tudo isto é toada sem despeito.
Deixem assim a reinação serena,
Não fiquem por aí numa aflição
De uma cantareira ir deste jeito.
setúbal
1989.08.06
Introdução a uma longa galeria de retratos em quadras, uma para cada trabalhador/a do departamento de habitação e urbanismo, sem faltar qualquer um/a
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
O AMOR É BEM QUE SUAVIZA
A tua presença na minha casa
Enche o ar de color e alegria,
Arte, doce, terna, bela magia;
Assim meu coração ganha outra asa.
Cozinhamos o pão que não esfria,
Brincando, procuramos boa vaza
P'ra espantar a tristeza, que arrasa
Rio, danço, com tua cantoria.
Com tua feição nos vasos pões flor
A tudo dando vida e bom sabor;
Caricio teu corpo, os teus lãbios,
Afago teu rosto, aparto as dores;
A rua, plena de sol e louvor,
É verde planura com riso dos sábios
setúbal
1989 Setembro 05
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Vosso geito, vosso ficar calada
Vosso geito, vosso ficar calada,
Arrefecem mal meu entusiasmo
Atirando o bem querer p'ro marasmo
De não ver qual será vossa laçada.
Em paz danosa era minha passada
Quando apareceste para meu pasmo,
Despertando em mim amor ou sarcasmo
Por minha vizeira ser destapada.
Tal foi o caminhar do caminheiro
Nesta cidade desacompanhado
De vossa doçura refrigerante,
Sinhá dona, princesa sem rendeiro
Do campo,por vós tão mal cultivado,
Com a certeza vossa deslizante.
1991.07.05
setúbal
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
AUTO RETRATO EM PASSATEMPO
Com nariz grande, olhar estrelado,
Baixo, cabelo negro, ondulado,
Magro, moreno, mui desajeitado,
Nada ou p'la vida sempre perdoado.
Buscando amizade, mau achado,
Agindo calma ou mui despeitado,
O êxito logrou, mal torneado,
Com persistência e pouco alegrado.
Tolerante, mas não libertário,
Conduzindo, longe da multidão,
Na vida procurando liberdade.
Em tudo mal, buscando seu contrário,
Com ar sério ou risonha feição,
Mal sente, co'a razão, felicidade.
1989.09.10 - Setúbal
vem de sonetos - 05
https://www.facebook.com/notes/victor-nogueira/sonetos-05/10151658091549436
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* Manuel Maria Barbosa du Bocage
o final da safra
PRIMEIRO NA LAZEIRA
Para se espantar alguma sonolência
Por isto não ter grande trabalheira
Quiz bem aproveitar esta lazeira
Serena, sem qualquer incandescência.
Mas aqui o mata sem sapiência
Pensou pôr-me sem jeito nem maneira;
Pois toma, meu nome é Victor Nogueira,
Nas calmas nasceu esta inflorescência.
Não fiquem com a vossa alma pequena
Nem se parta o bondoso coração
Pois tudo isto é toada sem despeito.
Deixem assim a reinação serena,
Não fiquem por aí numa aflição
De uma cantareira ir deste jeito.
setúbal
1989.08.06
Introdução a uma longa galeria de retratos em quadras, uma para cada trabalhador/a do departamento de habitação e urbanismo, sem faltar qualquer um/a
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O AMOR É BEM QUE SUAVIZA
A tua presença na minha casa
Enche o ar de color e alegria,
Arte, doce, terna, bela magia;
Assim meu coração ganha outra asa.
Cozinhamos o pão que não esfria,
Brincando, procuramos boa vaza
P'ra espantar a tristeza, que arrasa
Rio, danço, com tua cantoria.
Com tua feição nos vasos pões flor
A tudo dando vida e bom sabor;
Caricio teu corpo, os teus lãbios,
Afago teu rosto, aparto as dores;
A rua, plena de sol e louvor,
É verde planura com riso dos sábios
setúbal
1989 Setembro 05
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Vosso geito, vosso ficar calada
Vosso geito, vosso ficar calada,
Arrefecem mal meu entusiasmo
Atirando o bem querer p'ro marasmo
De não ver qual será vossa laçada.
Em paz danosa era minha passada
Quando apareceste para meu pasmo,
Despertando em mim amor ou sarcasmo
Por minha vizeira ser destapada.
Tal foi o caminhar do caminheiro
Nesta cidade desacompanhado
De vossa doçura refrigerante,
Sinhá dona, princesa sem rendeiro
Do campo,por vós tão mal cultivado,
Com a certeza vossa deslizante.
1991.07.05
setúbal
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AUTO RETRATO EM PASSATEMPO
Com nariz grande, olhar estrelado,
Baixo, cabelo negro, ondulado,
Magro, moreno, mui desajeitado,
Nada ou p'la vida sempre perdoado.
Buscando amizade, mau achado,
Agindo calma ou mui despeitado,
O êxito logrou, mal torneado,
Com persistência e pouco alegrado.
Tolerante, mas não libertário,
Conduzindo, longe da multidão,
Na vida procurando liberdade.
Em tudo mal, buscando seu contrário,
Com ar sério ou risonha feição,
Mal sente, co'a razão, felicidade.
1989.09.10 - Setúbal
vem de sonetos - 05
https://www.facebook.com/notes/victor-nogueira/sonetos-05/10151658091549436
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* Manuel Maria Barbosa du Bocage
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