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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013


Papa Bento XVI – Uma vida de excruciante sofrimento


Diz-me um jornal que o cidadão Ratzinger, usando o nome artístico de Bento XVI, resolveu denunciar o «capitalismo desregrado» como uma ameaça à paz. Aproveitou ainda o balanço para apontar o dedo acusador às enormes diferenças entre ricos e pobres.
Imagino o quanto o “papa” sofre. Tem toda a minha solidariedade!
Imagino que de cada vez que olha para si próprio e vê as suas aparatosas vestes, feitas de ouro, o seu bastão, feito de ouro, a sua cadeira, feita de ouro, os seus talheres, feitos de ouro (desconfio que até o seu penico, feito de ouro)... e os compara com as vestes singelas e o estilo e nível de vida dos milhares de padres pobres das aldeias remotas, por exemplo, de Trás-os-Montes, ou de missões na África profunda, para não falar da esmagadora maioria dos habitantes desses lugares... os sensíveis olhos lhe fiquem marejados de lágrimas.
Imagino que de cada vez que toma conhecimento de mais um negócio porco, uma falcatrua internacional, um crime económico, por exemplo, do seu Banco Ambrosiano, ou das acções mafiosas dos cardeais que o dirigem... o sensível coração lhe sangre abundantemente.
Digamos que é o arremedo possível da vida de sofrimento de Cristo na Terra... interpretada e representada de uma forma extremamente “livre”.

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