O relatório "secreto" do Governo que inspirou o FMI
O jurista e antigo ministro de José Sócrates, Pedro Silva Pereira, alerta esta sexta-feira, num artigo de opinião do Diário Económico, para a existência de um relatório “secreto” da autoria do Governo de coligação, que serviu de base para a realização do relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado na semana passada, e que “continua secreto” até agora.
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POLÍTICA
O antigo ministro da Presidência de José Sócrates, Pedro Silva Pereira, lança hoje um alerta para o que diz ser um relatório “secreto” do Governo que serviu de base para a identificação das áreas em que devem ser feitos os cortes sugeridos pelo FMI no relatório que veio a público na semana passada.
No artigo publicado no Diário Económico, Silva Pereira chama a atenção para uma página “curiosa” do relatório do FMI, a página 17, cuja leitura permite que se fique a saber que “a identificação das áreas em que devem ser feitos os cortes, no pressuposto de que aí o Estado é "demasiado grande", resulta não propriamente do Relatório do FMI mas sim do "exercício de análise comparativa" que consta de um outro Relatório que lhe serve de base”. Face a isto, o jurista deixa no ar a questão: “A pergunta que se impõe é óbvia: afinal, que outro Relatório é esse?”.
No artigo de opinião, o antigo braço direito de Sócrates responde desde logo indicando uma nota de rodapé da mesma página 17, que permite concluir que “por incrível que pareça, além do tão falado Relatório "do FMI", há um outro Relatório sobre a despesa pública feito pelo próprio Governo mas que, até hoje, continua secreto!”.
Silva Pereira defende, assim, que “é indispensável que o Governo, de uma vez por todas, deixe de se esconder atrás do FMI e trate de divulgar, imediatamente, esse seu outro Relatório”, argumentando que é afinal nesse documento que “constam os pressupostos em que se baseou o Relatório do FMI”, nomeadamente os dados sobre a evolução da despesa pública, a avaliação do Governo sobre os resultados obtidos pelo Estado Social nas áreas da educação, da saúde e da protecção social, assim como a análise comparativa desses níveis de despesa e desses resultados com os de outros países europeus. “Um documento desses não pode continuar secreto”, defende o jurista.
No artigo publicado no Diário Económico, Silva Pereira chama a atenção para uma página “curiosa” do relatório do FMI, a página 17, cuja leitura permite que se fique a saber que “a identificação das áreas em que devem ser feitos os cortes, no pressuposto de que aí o Estado é "demasiado grande", resulta não propriamente do Relatório do FMI mas sim do "exercício de análise comparativa" que consta de um outro Relatório que lhe serve de base”. Face a isto, o jurista deixa no ar a questão: “A pergunta que se impõe é óbvia: afinal, que outro Relatório é esse?”.
No artigo de opinião, o antigo braço direito de Sócrates responde desde logo indicando uma nota de rodapé da mesma página 17, que permite concluir que “por incrível que pareça, além do tão falado Relatório "do FMI", há um outro Relatório sobre a despesa pública feito pelo próprio Governo mas que, até hoje, continua secreto!”.
Silva Pereira defende, assim, que “é indispensável que o Governo, de uma vez por todas, deixe de se esconder atrás do FMI e trate de divulgar, imediatamente, esse seu outro Relatório”, argumentando que é afinal nesse documento que “constam os pressupostos em que se baseou o Relatório do FMI”, nomeadamente os dados sobre a evolução da despesa pública, a avaliação do Governo sobre os resultados obtidos pelo Estado Social nas áreas da educação, da saúde e da protecção social, assim como a análise comparativa desses níveis de despesa e desses resultados com os de outros países europeus. “Um documento desses não pode continuar secreto”, defende o jurista.
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