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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013


Madeira 

Deputado Coelho que se vestiu de presidiário absolvido de difamação
O deputado madeirense José Manuel Coelho, que estava acusado da prática de um crime de difamação, com publicidade e calúnia agravada, foi absolvido ontem pelo Tribunal Judicial de Santa Cruz, precisamente no mesmo dia em que compareceu vestido de presidiário no parlamento da Madeira, avança o Público.
Deputado Coelho que se vestiu de presidiário absolvido de difamação
DR
POLÍTICA
O jornal Público noticia hoje que o Tribunal Judicial de Santa Cruz absolveu ontem o deputado madeirense, José Manuel Coelho, que estava acusado da prática de um crime de difamação, com publicidade e calúnia agravada, ao vice-presidente do governo regional, João Cunha e Silva.
A acusação ao deputado do Partido Trabalhista Português (PTP) decorria de factos que remontam ao passado dia 15 de Janeiro de 2006, por altura da deslocação à Madeira do na altura candidato presidencial Garcia Pereira.

José Manuel Coelho aproximou-se da comitiva do candidato e afirmou nessa altura: "Então um homem que é da esquerda, que é do partido do MRPP, vai defender o Cunha e Silva, que é um fascista, da direita?". Foram palavras que a acusação aproveitou para argumentar que o actual deputado "quis ofender e ultrajar" o governante Cunha e Silva, que pedia uma indemnização de 75 mil euros, no mínimo.
De acordo com a sentença proferida ontem pela juíza Isabel Almeida, e citada pelo Público, o arguido José Manuel Coelho não praticou o crime que lhe era imputado, mas apenas quis tirar uma "vantagem política" com a intervenção que fez junto da comitiva e não um "ataque pessoal" ao governante.
Esta absolvição do crime de difamação ocorreu precisamente no mesmo dia em que o deputado madeirense apareceu vestido de presidiário no parlamento madeirense, em protesto por ter sido condenado, na quinta-feira passada, pelo Tribunal de Vara Mista do Funchal, a 18 meses de prisão, com pena suspensa, e ao pagamento de indemnizações de 2.500 euros a Alberto João Jardim e de 5.500 euros a Cunha e Silva.

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