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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013


Soneto de Camões, para um Amigo que vive na dor e no sofrimento do passado...


Claude Monet, Palazzo Mula 

Vittore Carpaccio, "Duas damas venezianas"

 uma desconhecida, em Veneza

Soneto 157

Lembranças, que lembrais meu bem passado,
Pera que sinta mais o mal presente,
Deixai-me, se quereis, viver contente,
Não me deixeis morrer em tal estado.

Mas se também de tudo é ordenado
Viver, como se vê, tão descontente,
Venha, se vier, o bem por acidente,
E dê a morte fim ao meu cuidado.

Que muito melhor é perder a vida,
Perdendo-se as lembranças da memória,
Pois fazem tanto dano ao pensamento.

Assi que nada perde quem perdida
A sua esperança traz de sua glória
Se esta vida há-de ser sempre em tormento.

O falcão de Jade

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