A atribuição a Ártemis de traços de deidades pré-helênicas e cretenses mais antigas conferiu-lhe uma imagem multifacetada e ambígua.
Na mitologia grega, Ártemis era filha de Zeus e de Leto e irmã gêmea de Apolo.
Tida como virgem e defensora da pureza, era também protetora das parturientes e estava ligada a ritos de fecundidade; embora fosse em essência uma deusa caçadora, encarnava as forças da natureza e tutelava as ninfas, os animais selvagens e o mundo vegetal. Cultuada sobretudo nas áreas rurais, na Ática enfatizou-se seu caráter de "senhora das feras", na ilha de Eubéia foi considerada protetora dos rebanhos e no Peloponeso reconheceu-se seu domínio sobre o reino vegetal e ela foi associada à água vivificante.
Apesar dessa imagem protetora, Ártemis exibia facetas cruéis: matou o caçador Órion; condenou à morte a ninfa Calisto por deixar-se seduzir por Zeus; transformou Acteão em cervo para ser despedaçado por sua própria matilha e, com Apolo, exterminou os filhos de Níobe e Anfião, para vingar uma suposta afronta. Suas ocupações principais eram a caça e a dança, no que se fazia acompanhar das Ninfas.
Ártemis tinha diversas representações.
As cópias de sua estátua no templo de Éfeso, uma das maravilhas do mundo antigo, correspondem ao modelo das chamadas deusas-mães e apresentam muitos seios, símbolo de fecundidade.
Na Grécia clássica foi representada com longa túnica e arco retesado, enquanto na época helenística exibia túnica curta e aljava, seguida por uma matilha ou um filhote de cervo.
Essa imagem foi também a mais comum em Roma, que identificou Ártemis com Diana.
Fonte: www.nomismatike.hpg.ig.com.br
Ártemis
Deusa grega da caça, dos bosques e dos animais selvagens, Ártemis era filha de Zeus e de Leto e irmã gêmea de Apolo com o qual compartilhou a perseguição de Hera, a legítima e ciumenta esposa de seu pai.
Logo após seu nascimento, Ártemis procurou o rei do Olimpo e suplicou-lhe não jóias, nem adornos ou atrativos, mas curta túnica que pudesse cobrir seu corpo esbelto, sapatos de caçadora, aljava, flechas e arco.
E mais: quis a virgindade eterna, abundância de nomes e um grandioso séqüito de Oceânidas e Ninfas.
E por fim pediu: "Entrega-me as montanhas. Nelas habitarei." Zeus sorriu, acariciou a filha e aquiesceu. Ártemis foi aos Ciclopes e pediu-lhes armas; ao deus Pã solicitou uma matilha de cães que a auxiliaria nas caçadas.
Em tudo foi atendida e passou a reinar na região montanhosa da Arcádia, onde se entregava à caça, sua atividade favorita.
Quando as coisas lhe pareciam monótonas, seguia para Delfos.
Na morada de Apolo participava do coro das Graças e das Musas.
Era a caçadora-chefe dos deuses e a deusa da caça e dos animais selvagens, especialmente os ursos.
Ártemis era também a deusa do parto, da natureza e da colheita.
Manteve-se casta porque, ao nascer, viu a dor e a agonia do parto da mãe e prometeu a si mesma, neste instante, jamais conceber.
Tal proibição se estendia às suas guerreiras, o que não as poupou das investidas, tanto de mortais quanto de deuses, como seu irmão Apolo.
Como deusa da lua ela, às vezes, foi identificada com as deusas Selene e Hécate.
Embora tradicionalmente seja a amiga e protetora das mulheres, especialmente as jovens, Ártemis impediu os gregos de navegar até Tróia durante a guerra até que eles sacrificassem uma virgem para ela.
De acordo com algumas histórias, justamente antes do sacrifício, ela salvou a vítima, a jovem Ifigênia.
Como Apolo, Ártemis se armava de arco e flechas, e freqüentemente punia mortais que a ofendiam. Diziam que ela oferecia, às mulheres jovens que morriam nos partos, uma morte rápida e sem dor.
Fonte: www.mauxhomepage.com
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