Primeira linha
O Espírito Santo tem assessorado as empresas públicas chinesas que têm vindo comprar empresas estratégicas rentáveis em Portugal, como a EDP e a REN. Sabe tudo sobre privatizações e sobre outros bons negócios com o Estado português. Reconfortado pelas comissões, um dos seus representantes teve um arrebatamento patriótico ao garantir que Portugal não é a Grécia porque atrai investidores de “primeira linha”, onde se inclui também uma empresa estatal de Oman que adquiriu 15% da REN. A China também tem ido às compras à Grécia, claro. Agora, empresas públicas de “primeira linha” é coisa que ninguém, pelo menos entre os grupos capitalistas “portugueses”, reconstruídos graças à generosidade do Estado, e entre os economistas que para eles ideologicamente trabalham, diria ser possível neste mundo há uns meses atrás. De resto, Portugal está hoje onde a Grécia estava há quantos meses atrás?
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