NO DIA EM QUE FAÇO ANOS
NÃO ME SINTO SÓZINHO
SOPRAM OS VENTOS NOS PANOS
NA VELA DO MEU MOINHO
OUÇO OS BUZIOS ASSOBIANDO
ANUNCIANDO O TRIGO PÃO
OS DIAS VÃO-SE PASSANDO
O TEMPO NÃO DÁ PERDÃO
ESTOU CONTENTE COMIGO
DA IDADE NÃO TENHO MEDO
DOS VENDAVAIS CONHEÇO O PERIGO
PARA MIM NÃO SÃO SEGREDO
GOSTO DE CERTA INQUIETUDE
QUE ME TRAZ RECORDAÇÕES
TEMPOS DA JUVENTUDE
SEMEADA DE ILUSÕES
ESTOU PRÓ QUE DER E VIER
COM UM SORRISO, PUNHO FECHADO
QUE O MEU MOINHO NÃO QUER
ESTAR INERTE, ESTAR PARADO
ASSIM NA CHAPADA DO MONTE
ESPERANDO TODAS AS BRISAS
BEBEREI DO POVO,A FONTE
NAS LUTAS QUE FOREM PRECISAS
DOS CONHECIMENTOS ANTIGOS
PRESERVAR A NATUREZA
E ASSIM ARRANJAR AMIGOS
QUE COMAM CONOSCO Á MESA
MOE MOINHO O TRIGO LOURO
QUE NÃO TE VENÇA A CANSEIRA
QUE NA VIDA O MAIOR TESOURO
É A LIBERDADE, A BANDEIRA
António Garrochinho
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