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domingo, 4 de fevereiro de 2018

04 de Fevereiro de 1902: Nasce Charles Lindbergh, o primeiro piloto a sobrevoar o Atlântico num voo sem escalas.


Charles Lindbergh nasceu em Detroit, nos Estados Unidos da América, no dia 4 de fevereiro de 1902. Foi o primeiro aviador a realizar a façanha de atravessar o Atlântico, sozinho a bordo de um monoplano, num voo sem escala, tornando-se um herói da noite para o dia. Quando aterrou no Aeroporto Le Bourget em Paris, em 21 de maio de 1927, 33 horas depois de ter partido de Nova Iorque, tinha à espera uma multidão de 150 mil pessoas.


A partir de então, tudo o que ele fazia era acompanhado por um público ávido de novidades. Em 1929, Lindbergh casou-se com Anne Morrow, filha do embaixador americano no México. O primeiro filho do casal foi sequestrado e morto em 1932, uma tragédia que comoveu o mundo. A Justiça condenou o presumível autor do crime à morte, num julgamento até hoje considerado polémico.


A exposição constante à opinião pública tornou insuportável a vida dos Lindbergh, que deixaram os Estados Unidos e realizaram uma viagem pelo mundo a mando da Secretaria norte-americana da Guerra. Ele trabalhou como uma espécie de embaixador americano informal. Comparecia a recepções, conhecia autoridades, traçava planos para a aviação comercial em escala global.


O casal esteve também na Alemanha, onde ficou impressionado com os progressos tecnológicos do país governado pelos nacional-socialistas. Ambos participaram da abertura dos Jogos Olímpicos de 1936 ao lado de Adolf Hitler, no camarote oficial.


Quando regressou aos Estados Unidos, Lindbergh passou a fazer oposição aberta ao presidente Franklin Roosevelt e a apoiar o trabalho do conservador American First Committee, que pregava a neutralidade americana na guerra iniciada por Hitler.


O seu posicionamento político valeu a suspeita, na opinião pública, de que simpatizava com os nazis. Quando o Japão atacou Pearl Harbor, Lindbergh alistou-se no Exército como voluntário, mas o presidente Roosevelt recusou a sua colaboração. Ele só foi admitido para participar nos combates como piloto em 1944.


Pouco antes do final da guerra, recebeu uma missão especial: a de descobrir em que ponto os alemães se encontravam no desenvolvimento de fogueões. Foi assim que visitou o campo de concentração Dora-Mittelbau, onde morreram 25 mil prisioneiros que realizavam trabalhos forçados – na construção do foguetão V-2.


Vendo em si próprio o grande símbolo romântico da aviação, Lindbergh passou a considerar-se corresponsável pela destruição do planeta. Nos últimos 25 anos de vida, viajou muito pelo mundo defendendo causas ambientalistas. Morreu de cancro, no Havai, em 27 de agosto de 1974.


Um facto da vida do aviador, contudo, permaneceu oculto por décadas: a de que ele levava uma vida dupla. Somente em novembro de 2003, testes de ADN confirmaram que Lindbergh teve três filhos com a chapeleira Brigitte Hesshaimer, no sul da Alemanha.

Fontes: DW
wikipedia(imagens)
Lindbergh junto ao Spirit of Saint Louis
Ficheiro:LindberghStLouis.jpg 
O Spirit of Saint Louis em Paris

VÍDEO



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