O ex-presidente da Comissão Europeia e líder do PSD entre 1999 e 2004 reuniu-se em outubro num hotel em Bruxelas com o comissário finlandês que ocupa as pastas do emprego, crescimento, investimento e competitividade. O encontro a dois foi combinado por telefone e teve lugar a pedido do atual presidente não-executivo da Goldman Sachs International para falar de “assuntos de comércio e defesa”.
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A reunião foi anotada no registo de reuniões do comissário, mas sendo apontado como interlocutor “The Goldman Sachs Group, Inc. (GS)”, sem referência explícita ao nome de Durão Barroso. Estranhamente, não há qualquer documento escrito sobre o que resultou do emcontro. O facto de Durão Barroso ter violado explicitamente o compromisso de não fazer lóbi em Bruxelas pelo banco americano foi confirmado pelo próprio comissário finlandês, Jyrki Katainen: “De facto, encontrei-me com o Sr. Barroso, do Goldman Sachs, no Silken Berlaymont Hotel em Bruxelas, a 25 de outubro de 2017”.
Recorde-se que na altura em que abandonou a presidência da Comissão Europeia, Durão Barroso garantiu ao seu sucessor, Jean-Claude Junker, não estar a ser “contratado para fazer lóbi em nome do Goldman Sachs e não pretendia fazê-lo”. Enquanto a Goldman Sachs justificava que o novo quadro iria trazer “imensos conhecimentos e experiência”, o comité de ética da Comissão Europeia concluía que esta contratação não violava os deveres de integridade e discrição – uma decisão “baseada na promessa do Sr. Barroso de não fazer lóbi”.
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