Joaquim Coimbra fez fortuna na indústria farmacêutica, meteu-se nos falidos BPN e BPP e acabou nas mãos dos credores.
No total, são 32 os credores de Joaquim Coimbra, que reclamam 137,4 milhões de euros de dívidas ao empresário, que fez uma das maiores fortunas nacionais na industria farmacêutica. Os credores têm agora dez dias para votar a proposta de Joaquim Coimbra e da mulher, no âmbito do Processo Especial para Acordo de Pagamento (PEAP), segundo o Jornal de Negócios. Joaquim Coimbra propôs a entrega de todo o seu império empresarial, que incluiu em tempo a Labesfal, a JABA, o semanário Sol e investimentos em empresas vinícolas e na indústria de refrigeração, painéis isotérmicos, agro-alimentar, energias renováveis e no setor imobiliário. O empresário destruiu a fortuna ao tornar-se acionista dos falidos bancos BPP e BPN. Caso os credores não aceitem o património, os bens em causa serão vendidos "ao melhor preço", com supervisão de um gestor judicial. O Negócios afirma que tentou contactar o empresário, sem sucesso, mas conseguiu chegar à fala com o advogado de Joaquim Coimbra. Andrade Miranda reforçou que não se trata de um processo normal de insolvência e que "esta proposta de pagamento reflecte uma liquidação controlada de todo o património do senhor Coimbra".
Ao realçar "o papel activo e cooperante do senhor Coimbra, de aliança com os seus credores para minorar os prejuízos de todos", o causídico manifestou a sua repulsa perante a possibilidade de este processo ser publicamente visto como falência. "Seria uma situação muito mais cómoda se pura e simplesmente declarasse a sua insolvência, lavando daqui as suas mãos. Mas quis dar a cara, não deixando de honrar o mais possível o compromisso que assumiu", defendeu Andrade Miranda.
No PEAP do casal Coimbra, a que o Negócios teve acesso, é cristalino que "os devedores envolvem, pois, neste programa de liquidação, a globalidade do seu património". Mais: os créditos que, após o rateio final, "fiquem por satisfazer, consideram-se perdoados". Entretanto, Coimbra espera ganhar a acção judicial que intentou contra o EuroBic (sucessor do BPN), reclamando uma indemnização de cerca de 43 milhões de euros, tratando-se de créditos com penhor a favor do BPI, da Sandalgreen e do Novo Banco.
O sucessor do BES é o maior credor de Coimbra, reclamando mais de 60 milhões de euros. Seguem-se a Parvalorem (entidade estatal que gere os activos tóxicos do BPN), com 30 milhões, a sociedade Sandalgreen (por cessão do BCP) com 9,1 milhões , a massa insolvente do BPP com nove milhões, o BPI com 7,4 milhões, o Santander com 3,7 milhões e a CGD com 4,4 milhões de euros. Já o crédito de 241 mil euros reclamado pelo Fisco foi judicialmente impugnado, tendo também sido objecto de execução fiscal.
Coimbra decidiu apresentar o PEAP depois de, há cerca de um ano, o tribunal não ter homologado o PER do casal, dando razão à comissão liquidatária do BPP, que contestou o facto de o plano que tinha sido aprovado pela maioria dos credores (que previa que 70% da dívida fosse paga em 2036) não contemplar a dação em pagamento em relação aos seus créditos.
O casal Coimbra detém uma vasta carteira de participações em sociedades cujas actividades se desenvolvem no sector da viticultura e vinicultura, restauração, metalurgia e equipamentos de frio, painéis isotérmicos, energias renováveis, imobiliário e turismo. No PEAP desta dupla de empresários lê-se que, "no tocante a receitas correntes", Joaquim Coimbra "aufere actualmente" uma pensão de velhice no valor de 3.816 euros mensais, enquanto a esposa tem um salário de 2.500 euros (ilíquidos) na Labesfal, farmacêutica que o casal vendeu em 2004 à multinacional alemã Fresenius Kabi .
No PEAP do casal Coimbra, a que o Negócios teve acesso, é cristalino que "os devedores envolvem, pois, neste programa de liquidação, a globalidade do seu património". Mais: os créditos que, após o rateio final, "fiquem por satisfazer, consideram-se perdoados". Entretanto, Coimbra espera ganhar a acção judicial que intentou contra o EuroBic (sucessor do BPN), reclamando uma indemnização de cerca de 43 milhões de euros, tratando-se de créditos com penhor a favor do BPI, da Sandalgreen e do Novo Banco.
O sucessor do BES é o maior credor de Coimbra, reclamando mais de 60 milhões de euros. Seguem-se a Parvalorem (entidade estatal que gere os activos tóxicos do BPN), com 30 milhões, a sociedade Sandalgreen (por cessão do BCP) com 9,1 milhões , a massa insolvente do BPP com nove milhões, o BPI com 7,4 milhões, o Santander com 3,7 milhões e a CGD com 4,4 milhões de euros. Já o crédito de 241 mil euros reclamado pelo Fisco foi judicialmente impugnado, tendo também sido objecto de execução fiscal.
Coimbra decidiu apresentar o PEAP depois de, há cerca de um ano, o tribunal não ter homologado o PER do casal, dando razão à comissão liquidatária do BPP, que contestou o facto de o plano que tinha sido aprovado pela maioria dos credores (que previa que 70% da dívida fosse paga em 2036) não contemplar a dação em pagamento em relação aos seus créditos.
O casal Coimbra detém uma vasta carteira de participações em sociedades cujas actividades se desenvolvem no sector da viticultura e vinicultura, restauração, metalurgia e equipamentos de frio, painéis isotérmicos, energias renováveis, imobiliário e turismo. No PEAP desta dupla de empresários lê-se que, "no tocante a receitas correntes", Joaquim Coimbra "aufere actualmente" uma pensão de velhice no valor de 3.816 euros mensais, enquanto a esposa tem um salário de 2.500 euros (ilíquidos) na Labesfal, farmacêutica que o casal vendeu em 2004 à multinacional alemã Fresenius Kabi .
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