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terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

O ESTRANHO CASO DA QUEDA DOS MITOS DA DITADURA, FÁTIMA, FADO E FUTEBOL.




O Presidente da nossa República laica não perde tal como os seus antecessores a oportunidade de estar presente nas grandes peregrinações a Fátima e acrescenta umas beijocas aos aneis cardinalícios, gesto que nunca vi durante a ditadura.
Fátima resplandece de turismo religioso transformada num enorme negócio e a sociedade mobiliza-se para acarinhar e proteger os peregrinos caminhantes mais que em qualquer época.
Em Democracia inauguramos o museu do Fado, levamo-lo á condição de patrimônio da humanidade, não há menos casas do dito e uma geração jovem de artistas recria os ícones da fadistagem com reconhecido sucesso.
O Futebol atingiu o auge como indústria exportadora, temos o melhor jogador do mundo e treinadores notáveis e ganhamos o campeonato da Europa.
O Futebol tornou-se uma força social avassaladora, ocupa espaços nobres televisivos, edita três jornais diários e mobiliza políticos que a seu reboque atingem as luzes da ribalta para melhor se lançarem em pugnas eleitorais.
Milhares de milhões de euros são contabilizados nos grandes negócios, protegidos pelo Estado através do estatuto especial de Utilidade Pública. Agentes, como treinadores e jogadores, alguns pelo menos, ganham milhões e milhões de euros anualmente.
Multidões ululantes, com vanguardas ameaçadoras, as claques, cuja violência só é contida pela impressionante presença policial e mesmo assim extravasa, dão corpo e justificação ao fenómeno numa escala nunca imaginável durante a ditadura.
Gente de Bem, presumo eu, pois entre ela tenho amigos chegados e familiares queridos, perdem a cabeça, a racionalidade e sempre a compostura na exacerbada defesa dos seus clubes, que sabem dirigidos por gente de assinalável mau porte.
Os três mitos da Ditadura desfeitos em pó.

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