Eles estão escondidos nas profundezas dos confins da Terra ou nas vastas planícies remotas da África. São pequenos bolsões de povos cujos costumes, vestimentas e tradições tornaram-se anacrônicos ao nosso mundo.
Ainda que se vistam com suas roupas tradicionais ou usem antigas técnicas de caça apenas em dias de ocasiões especiais, não há dúvidas que essas pessoas vivam muito mais perto de seus velhos costumes do que a grande maioria.
Conheça oito tribos indígenas incríveis e veja o que as tornam únicas.
Tribo Huli, Papua Nova Guiné
Onde: Montanhas de Tari, Papua Nova Guiné
Os homens desta tribo utilizam seus próprios cabelos para confeccionar estes incríveis chapéus, são 40.000 pessoas isoladas que fazem a "colheita da cabeleira" para seu próprio uso ou para vender. Junte isso com uma pintura facial amarela, um machado cheio de garras, roupas feitas de folha e um cinturão contendo suas próprias tranças que balançam a fim de intimidar as tribos rivais. Tradicionalmente, eles fazem a dança clássica dos pássaros, imitando as aves-do-paraíso existentes na ilha.
Perspectivas para o futuro: através de uma mistura exitosa entre a vida moderna e a tradicional, muitos homens já usam roupas ocidentais e adotam no turismo uma maneira de manter suas tradições vivas.
Dogon, oeste africano
Onde: Mali, oeste africano
Utilizando cordas feitas da casca de baobá, os homens tradicionalmente escalam estas formidáveis falésias de Bandiagara para coletar excremento de pomba ou de morcego que são comercializados como fertilizantes, além de antigos artefatos tellem (povo anterior aos dogon) que são vendidos aos colecionadores de arte ocidentais. São mais de 400.000 pessoas vivendo em cerca de 700 vilas, precariamente instalados ao longo do penhasco de 200 km de escarpa.
Perspectivas para o futuro: a tribo prosperou com o dinheiro do turismo, porém os recentes distúrbios na região e as colheitas em baixa estão dificultando a vida do povo dogon.
Dançarinos-esqueletos de Chimbu, Papua Nova Guiné
Onde: Província de Chimbu, Papua Nova Guiné
Pode parecer algo que você já tenha visto, mas, em um país onde existe uma constante tensão pela conquista de territórios, a dança de esqueleto desta tribo surgiu para intimidar outras tribos rivais. Pelo fato de serem tão remotos, pouco se sabe sobre suas vidas. Tem-se o conhecimento que eles vivem em um clima temperado, entre vales e montanhas de 1.600 a 2.400 metros; tradicionalmente habitam casas separadas entre homem e mulher mas compactuam todos no intercâmbio de famílias.
Perspectivas para o futuro: através do turismo, o gradual aumento na interação com este povo faz com que as dançam se tornem mais um show de pessoas que já estão integradas com a comunidade, do que uma tradição propriamente executada pelos mais isolados.
Nenet, Sibéria
Onde: Península de Yamal, Sibéria
Este grupo de cerca de 10.000 nômades é bem obstinado - eles andam mais de 1.100 km com suas 300.000 renas, área equivalente a uma vez e meia o território da França, sob temperaturas de 50 graus negativos. Viajam com trenós untados de sangue de rena recém-sacrificada, em comboios de 8 km de comprimento. Apesar das descobertas de petróleo e gás na região nos anos 70, eles estão se adaptando bem ao crescente contato com o mundo externo.
Perspectivas para o futuro: contrariando a tendência mundial de diminuição dos grupos nômades, os nenets estão se adaptando às mudanças sociais, políticas e naturais a sua volta.
Homens de Barro de Asaro
Onde: Goroka, Papua Nova Guiné
Estes homens cobertos de barro não estão em busca de uma pele macia, eles forjam o material marrom porque eles acreditam que assim se parecem com espíritos, aterrorizando os demais grupos indígenas da região. Trata-se de um grupo espalhado pelo altiplano papuásio por mais de mil anos, no entanto são tão isolados geograficamente que foram descobertos apenas há cerca de 75 anos.
Perspectivas para o futuro: sucesso como atração turística, deu-se a possibilidade de reconhecer a tribo como símbolo nacional.
Pastores Himba, Namíbia
Onde: Namíbia, África
Semi-nômades, o povo Himba vive espalhado pelo noroeste da Namíbia e sudeste angolano. Quando fixam residência, eles constroem pequenas estruturas piramidais feitas com barro e esterco. Um fato curioso: este povo mantém acesa, 24 horas do dia, a chama ancestral em homenagem a seu deus Mukuru. A riqueza é medida em quantidade de cabeças de gado, enquanto o consumo de cabra é mais comum na dieta do dia-a-dia.
Perspectivas para o futuro: estima-se que ainda haja de 20.000 a 30.000 remanescentes desta tribo embora sejam constantemente ameaçados pelo desenvolvimento da região. Ainda sim, muitos conseguem manter seu estilo de vida tradicional.
Caçadores cazaques e suas águias douradas
Onde: Província de Bayan-Olgii, Mongólia
Eles se utilizam das águias para caçarem raposas, marmotas e lobos, e se vestem da pele das presas. Os meninos começam a caçar aos 13, quando podem provar que conseguem aguentar o peso de uma águia dourada sobre os braços. Semi-nômades, eles constantemente vagueiam pelas montanhas de Altai desde o século XIX. Hoje totalizam cerca de 100.000 pessoas, mas restam apenas por volta de 250 águias.
Perspectivas para o futuro: o fato dos homens jovens se afastarem da tradição faz com que as mulheres comecem a desempenhar o papel desta atividade tipicamente masculina, como forma de mantê-la viva.
Tribo Bayaka, República Centro-Africana
Onde: florestas tropicais ao sudeste da República Centro-Africana
Vivendo em função de "Jengi", o espírito da floresta, os bayaka possuem um rico conhecimento das plantas medicinais e utilizam sua própria língua e métodos de caça tradicionais. Eles são uma das inúmeras tribos desta área remota na África, com uma população local de meio milhão de pessoas. No entanto, os mais velhos afirmam que não podem mais ensinar as suas habilidades tradicionais, uma vez que não conseguem mais adentrar a fundo na floresta.
Perspectivas para o futuro: muitas comunidades de pigmeus perderam seus meios de vida tradicionais ao terem que desistir de suas terras para projetos de conservação ambiental e madeireiras
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