O Estado contava com uma frota automóvel de 26 329 veículos no final do primeiro trimestre deste ano, menos 380 (-1,4%) que aqueles com que contava no final de 2015, quando o Parque de Veículos do Estado (PVE) superava os 26,7 mil veículos. Nos primeiros três meses do ano, o Estado comprou 39 viaturas, a maioria através de aluguer operacional (AOV), tendo desmantelado, abatido ou restituído 419 veículos.
De acordo com os dados atualizados publicados pela Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública (eSPap), responsável pelo sistema de gestão do parque automóvel público, 41% dos veículos detidos pelo Estado e seus serviços estão afetos à Guarda Nacional Republicana (GNR) e Polícia de Segurança Pública (PSP), que detinham pouco mais de 10,7 mil automóveis no final de março.
A gestão do parque automóvel do Estado está centralizada desde 2009, aquando da implementação do Sistema de Gestão do Parque de Veículos do Estado (SGPVE), criado para gerir o PVE e facilitar a operacionalização dos pedidos de compra, atribuição abate ou desmantelamento de carros.
Segundo o relatório do eSPap, “a regra de abate de dois veículos por cada contratação de veículo novo”, e o aumento do recurso ao AOV no início do ano resultou numa “redução de despesa obtida no primeiro trimestre de 2016” de 1,43 milhões de euros.
Em comparação com 2010, primeiro ano em que foram compiladas estatísticas, o Estado chegou ao primeiro trimestre de 2016 com menos 2 021 veículos que os registados no final daquele ano, quando o PVE atingia as 28 350 viaturas. A redução mais expressiva deu-se precisamente de 2010 para 2011, com um recuo de 2,3%, quando o parque estatal perdeu 658 carros.
Top 10
Segundo os dados da eSPap relativos a março, e além da GNR e da PSP, detentoras de frotas com 5 927 e 4 786 veículos, respetivamente, na lista de serviços do Estado com mais veículos seguem-se as outras forças de segurança, como o Exército (2 758), a Polícia Judiciária (998) e a Marinha (895).
A fechar o top 10 dos serviços públicos com mais veículos, surgem de seguida o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (791), o Instituto Nacional de Emergência Médica (774), a Força Aérea (723), a Autoridade Nacional de Proteção Civil (678) e, por fim, a Direção-geral de Reinserção e Serviços Prisionais (556).
Dos 26 mil veículos detidos pelo Estado, 84% do total encontram-se distribuídos por apenas 20 entidades, entre forças de segurança, forças armadas, institutos públicos ou direções-gerais:
Fonte: Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública, I.P.
Fonte: Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública, I.P.
Proveniência, tipologia e marcas
O relatório trimestral sobre o Parque de Veículos do Estado avança também com dados detalhados sobre a frota, apontando desde logo que a maioria (89%) das viaturas públicas foram compradas, realçando-se no entanto que uma pequena fatia do parque automóvel do Estado chegou por via de apreensões – há perto de 1 495 veículos estatais (6% do total) que foram apreendidos e colocados ao dispor dos serviços públicos.
Quanto à proveniência dos restantes veículos, o Aluguer Operacional de Viaturas (AOV) responde por 3%, os veículos doados por 1% e a apropriação de carros abandonados pelo restante 1%, mostram os dados da eSPap.
Em relação à tipologia, os ligeiros de passageiros ou de mercados respondem por mais de 80% do PVE, com os motociclos a responderem por 8,2% e as ambulâncias por 2,3%. Além disso, 72% dos veículos estatais usam gasóleo (18 808) e 27% gasolina (7170). Quanto a outras fontes de energia, o Estado detinha em março apenas 51 veículos movidos a eletricidade, 15 híbridos e 283 a GPL.
No PVE, destacam-se ainda as marcas Renault (3280), Nissan (2606), Toyota (2098) e Volkswagen (1935) como as mais utilizadas, com o Skoda Octavia Diesel a ser o veículo mais repetido – perto de 1500 viaturas destas:
Fonte: Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública, IP
Fonte: Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública, IP

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