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domingo, 21 de dezembro de 2014

A resistência contra o Império - A Sony Pictures cancelou o lançamento no Natal do seu filme “A entrevista”. A Sony Pictures reagiu assim após sofrer desde há um mês um ciber-ataque, com divulgação pública na Internet de segredos como filmes inéditos, centenas de e-mails internos e dados financeiros da empresa e pessoais de seus funcionários, bem como ameaças de atentados nas salas de cinema. A autoria desse ciber-ataque foi de um grupo autodenominado “Guardiões da Paz” (GOP, em inglês).

A resistência contra o Império


A Sony Pictures cancelou o lançamento no Natal do seu filme “A entrevista”. A Sony Pictures reagiu assim após sofrer desde há um mês um ciber-ataque, com divulgação pública na Internet de segredos como filmes inéditos, centenas de e-mails internos e dados financeiros da empresa e pessoais de seus funcionários, bem como ameaças de atentados nas salas de cinema. A autoria desse ciber-ataque foi de um grupo autodenominado “Guardiões da Paz” (GOP, em inglês).

“A entrevista” ficciona um plano da CIA para matar Kim-Jon-un, o actual líder da República Popular e Democrática da Coreia, utilizando dois jornalistas. Ao que se sabe, é um filme politicamente explícito: troça e ostraciza o regime político da Coreia do Norte, numa lógica de confrontação e de eliminação física dos seus dirigentes. Chega ao limite de imagens de um rosto de Kim derretendo. Nada que Hollywood não tenha feito já inúmeras vezes, colocando-se ao serviço do Pentágono. Relembro as centenas de séries e filmes em que o herói americano luta com sucesso em plena selva com milhares de soldados de um pretenso general numa alusão á ilha de Cuba.
A Casa Branca apressou-se a acusar a Coreia do Norte do ataque cibernético. Obama diz que não é um acto de guerra mas é um acto de vandalismo cibernético. E discorda da decisão da Sony Pictures. Vai mais longe: quer que Pyongyang pague os “prejuízos” da Sony.

A Coreia do Norte nega o ciber-ataque, ser a origem dos hackers, e propõe uma investigação conjunta, o que os americanos rejeitam. “Temos uma forma de provar que nada temos a ver com o caso e sem recorrer a tortura, como faz a CIA”, ironizou o MNE coreano. Já uma carta do embaixador de Pyongyang enviada em Junho ao secretário-geral da ONU dizia que o filme “sobre o assassinato de um chefe em funções de um Estado soberano deve ser encarado como o mais não-disfarçado patrocínio de terrorismo, bem como um acto de guerra”.

Alguém, que não necessariamente a Coreia do Norte, decidiu ripostar á política americana expressa neste inacreditável conteúdo.

Trata-se a meu ver de uma arrogância cultural absurda mesclada de uma paranóica exibição de poderio. O Império mostra-se em todas as dimensões. A indústria cinematográfica de Hollywood não se pode orgulhar deste tipo de criatividade. E o mundo não pode tolerar tudo.

CR
cris-sheandbobbymcgee.blogspot.pt

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