Caixa Geral de Depósitos denuncia dinheiro suspeito de Sócrates
Terá sido a Caixa Geral de Depósitos a dar o alerta às autoridades sobre o dinheiro suspeito de José Sócrates. Segundo dão conta vários jornais deste domingo, ao abrigo da lei de branqueamento de capitais, os factos terão sido comunicados ao DCIAP depois de várias transferências fracionadas de Adelaide Carvalho Monteiro para uma conta do filho, num período em que o antigo primeiro-ministro estava em Paris.
ECONOMIA
Reuters
Ao abrigo da lei do branqueamento de capitais, o banco do Estado terá suspeitado de várias transferências fracionadas de Adelaide Carvalho Monteiro para a conta bancária de José Sócrates. Nesta altura, o antigo governante estaria a estudar em Paris, França.
O dinheiro transferido por Adelaide Carvalho Monteiro teria antes passado por contas ligadas a Carlos Manuel Santos Silva, empresário e ex-administrador do Grupo Lena, amigo de José Sócrates, que também foi detido para interrogatório.
O jornal Sol fala este domingo em 20 milhões de euros que não seriam justificáveis tendo em conta os rendimentos auferidos pelo antigo líder do Partido Socialista. Estas suspeitas terão sido o suficiente para o Ministério Público querer investigar com maior profundidade a possibilidade de um crime de fraude fiscal e branqueamento de capitais.
O estilo de vida levado por José Sócrates, mas também os sinais exteriores de riqueza, não seriam compatíveis com os rendimentos declarados ao fisco.
A Procuradoria-Geral da República confirma apenas que existem indícios de corrupção, além dos crimes acima mencionados, mas que a operação está centrada em aspetos relacionados com “operações bancárias, movimentos e transferências de dinheiros sem justificação conhecida".
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