Assunção Esteves – Sem um pingo de vergonha na cara!
Hoje, mais uma vez, os trabalhos do Parlamento foram momentaneamente interrompidos pela “Grândola”. Desta feita, cantada como protesto, por um grupo de aposentados, pensionistas e reformados da “APRE”.
Devo dizer, quanto mais não seja para que não fique “por dizer”... que esta associação, a APRE, me deixa um pouco de pé atrás. Não porque não respeite os problemas reais de muitos dos seus associados, mas porque tenho tendência para desconfiar de uma associação de pensionistas que protesta contra os cortes de pensões e o aumento das dificuldades de vida... aceitando ter sido representada pelo desavergonhado figurão que dá pelo nome de Filipe Pinhal, o tal da (alegada) reformazita de 70.000 euros mensais, uma reformazita que, ainda que sofresse um corte de 99%... ainda seria de 700 euros, logo, mais do que as pensões e reformas de muitos milhares de portugueses.
Dito isto, não posso deixar de ser solidário com a acção de protesto, por respeito aos tantos e tantas que, mesmo naquela associação, lutam com dificuldades.
Seja como for, este texto não é sobre o protesto, nem um ensaio de crítica musical à presente interpretação da “Grândola”, mas sim sobre a inclassificável desfaçatez da Presidente da Assembleia, que teve a distinta lata de criticar os manifestantes com as seguintes palavras:
Fantástico! E eu a pensar que aquilo que não “ajuda a democracia”, entre tantas outras coisas conhecidas, é o facto de a descaradona doutora Assunção Esteves, como recompensa por uns escassos anos de trabalho, estar reformada desde os 42 anos de idade, com uma reforma de milhares de euros mensais. Uma reforma tão choruda, que a fez prescindir do ordenado de Presidente da Assembleia da República! O que não “ajuda a democracia” é o facto de eu apostar que a doutora, aposentada desde tão “tenra” idade, não vai ter uma palavra de incómodo, quando presidir à votação do aumento da idade da reforma para os milhares e milhares de trabalhadores que não tiveram a sua “esperteza”.
A confirmar que, cada vez mais, de todo o conjunto que forma aquela figura pública (incluindo o carácter) já se salva apenas o corte de cabelo. O resto, muito francamente... começa a provocar náusea!
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