PSP agride jornalista da France Press em Lisboa
NUNO MIGUEL ROPIO
foto HUGO CORREIA/REUTERS |
O momento da agressão |
A PSP agrediu esta tarde a fotojornalista da France Press em Portugal, Patrícia Melo, quando esta cobria a manifestação da Plataforma 15 de Outubro, no Largo do Chiado, em Lisboa, integrada na greve nacional. Como foi captada pelo fotógrafo da Reuters, a agressão está a pulverizar-se pelos sites noticiosos internacionais.
No mesmo local, o fotojornalista da agência Lusa, José Sena Goulão, também acabou por ser alvo de constantes bastonadas por um agente da polícia. Já no chão, mesmo já depois de se ter identificado como jornalista, Goulão continuou a sofrer carga policial, tendo necessitado de intervenção hospitalar.
Os confrontos terão começado, segundo fonte oficial do Comando da PSP de Lisboa, quando alegadamente alguns integrantes da referida plataforma atiraram objetos, como chávenas, junto à esplanada do café Brasileira.
Um transeunte que se encontrava no Chiado acabou por socorrer a fotojornalista da France Press, mas esta não precisou de recorrer ao Hospital.
A porta-voz da PSP, subcomissária Carla Duarte, garantiu que houve pelo menos três feridos, entre eles um agente que terá sido atingido com uma chávena na testa, e um manifestante detido, por ter lançado petardos e agredido policiais.
No Hospital de São José, em Lisboa, encontra-se a receber tratamento o jornalista da Lusa. O cenário de violência policial contra Goulão motivou, ao início da noite, um protesto da Direção de Informação da Lusa junto do diretor nacional da PSP, o superintendente Paulo Valente Gomes.
Na carta enviada, a Lusa sublinha que José Sena Goulão estava "devidamente identificado como jornalista, estava a acompanhar uma manifestação". E já no chão, perante as bastonadas, "e não obstante gritar aos agressores a sua condição de jornalista, continuou a ser brutalizado pelos mesmos agentes".
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