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domingo, 18 de março de 2012



Aumenta número de pessoas que estão em risco de cair na situação de sem-abrigo

Entre 2010 e 2011, a Cáritas Portuguesa registou um aumento de 91 por cento no atendimento de novos casos de pobreza. Desemprego e precariedade laboral podem atirar muitas pessoas para a situação de sem-abrigo, alertam as instituições. Rendimento Social de Inserção não dá sequer para satisfazer necessidades básicas.
Foto de Paulete Matos.
Segundo o presidente da Cáritas, Eugénio Fonseca, o número de novos casos atendidos por esta instituição aumentou 91% entre 2010 e 2011. Em janeiro e fevereiro, já se verificou uma subida de 46,5% cento face ao período homólogo. Em 2011, foram realizados, no total, 95.342 atendimentos.
De acordo com o Departamento de Ação Social da Assistência Médica Internacional, a pobreza em Portugal terá aumentado 94% entre 2008 e 2011.
Desemprego atira cidadãos para situação de sem-abrigo
Segundo o coordenador das equipas de ruas da Comunidade Vida e Paz, são cada vez mais os portugueses a solicitar ajuda às instituições que trabalham com a população sem-abrigo.
 “No contato diário de rua nós sentimos que há de facto uma alteração do problema apresentado”, frisou Celestino Cunha, adiantando que antes os problemas relacionavam-se com dependências ou doença mental, sendo que neste momento o desemprego assume uma “relevância importante”.
“São pessoas que não estando numa condição de sem teto estão a passar dificuldades de sobrevivência e recorrem a respostas que são tipicamente orientadas para pessoas sem-abrigo. Essa é a diferença que estamos a sentir”, sublinhou.
Maria Isabel Monteiro, da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), alertou, por sua vez, para o facto de existir uma franja da população que, ainda que não viva na rua, deve ser considerada sem-abrigo devido às condições de precariedade em que vive.
O presidente da Rede Anti-Pobreza, Jardim Moreira, adianta, por suas vez, que “há uma desintegração do tecido familiar devido à falta de dinheiro e a solução passa pela rua ou por ir comer às cantinas sociais”.
Rendimento Social de Inserção não chega sequer para satisfazer necessidades básicas
A responsável pela Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade alertou para o facto de o Rendimento Social de Inserção não resolver muitos problemas, já que esta prestação nem dá para “satisfazer uma série de necessidades básicas para a sua sobrevivência e para procurar o próprio emprego”.
 “Temos muita gente a viver em carros, barracas, barcos e em habitações degradadas porque já não têm dinheiro para pagar a renda de casa, nem as próprias habitações sociais”, alertou Maria Isabel Monteiro.
ESQUERDA.NET

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