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O protesto dos trabalhadores é contra " a prepotência do grupo" Carlos Saraiva (CS), por não garantir o pagamento dos mais de dois meses de salários em atraso aos 78 funcionários do polo dos Salgados, apesar do grupo ter construído quatro unidades hoteleiras no Algarve, das quais apenas a de São Rafael está a funcionar, e é a única cuja administração se localiza em Albufeira,
Alguns destes funcionários "foram transferidos para outra empresa do grupo sem o seu conhecimento e consentimento", denunciava um documento distribuído pelos participantes no protesto que se exigia que a administração do grupo CS clarifique a sua situação laboral, uma vez que alguns foram transferidos para uma empresa "em situação de insolvência", a Hersal.
De acordo com o documento, nenhuma comunicação lhes foi feita nesse sentido e só tiveram conhecimento da transferência através dos recibos de vencimento, nos quais passou a constar o nome desta empresa.
Deputado Paulo Sá presente na concentração diz que a situação “é caótica”
Os funcionários prometem continuar com os protestos em frente aos hotéis, alegando que o grupo mantém uma situação económica "estável", pois abriu novas unidades hoteleiras no país e contratou funcionários para as unidades algarvias.
Segundo fonte do Sindicato de Hotelaria do Algarve, os 78 funcionários estão em casa desde janeiro, mas “os seus contratos estão ainda em vigor como se estivessem a trabalhar”, porque “apenas houve uma suspensão verbal” dos vínculos laborais.
Recorde-se que cerca de 40 trabalhadores do hotel CS Lagoas tinham-se já manifestado em Albufeira na segunda-feira para exigir o pagamento de salários em atraso desde janeiro.
O deputado comunista Paulo Sá, eleito pelo Algarve nas listas da CDU juntou-se à concentração e salientou que a situação "é caótica" e prometendo levar o caso à Assembleia da República, em declarações citadas pela Lusa.
Paulo Sá adianta não compreender “como é que o grupo CS, um dos que mais beneficiou com a expansão imobiliária no Algarve, pode manter ordenados em atraso”.
O parlamentar exigiu que sejam acionados pelo Governo “todos os mecanismos legais para que a situação seja resolvida”.
A administração do grupo CS escusou-se hoje a comentar o caso, todavia aquando da manifestação de segunda feira admitiu que em janeiro fora alcançado um acordo com os trabalhadores e que se espera que a situação “se resolva rapidamente”.
Uma promessa que já foi feita várias vezes desde outubro de 2011 aos mais de trezentos trabalhadores do grupo hoteleiro C.S. que têm salários e subsídios de férias em atraso, altura em que foi assinado um acordo com os bancos.
A última data marcada para os trbalhadores receberam o que lhes é devido foi a 15 de janeiro.
O grupo CS está a ser alvo de uma reestruturação e de um processo de saneamento financeiro conduzido pelos três bancos que o financiam (Banco Comercial Português, Banco Popular e Banco Espírito Santo) e que assumiram posse de quatro unidades hoteleiras do grupo no Algarve que anunciara já que vai abandonar a vertente da construção imobiliária.
observatório do Algarve
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