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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012



F. A. P.


Se fosse vivo, Fernando Assis Pacheco faria hoje 75 anos, mas morreu à porta de uma livraria, em Dezembro de 1995. Como poderia ter falecido na sede de um jornal, ou à mesa de um restaurante - porque era um amante sedento da vida, um grande jornalista, um bom poeta. Lembrêmo-lo com um dos seus primeiros poemas, intitulado Tentas, de longe

Tentas, de longe, dizer que estás aqui.
Com peso triste caminha na rua o Outono.
O meu coração debruça-se à janela
a ver pessoas e carros, e as folhas caindo.

Mastigo esta solidão
como quando era pequeno e jantava
diante dos pais zangados:
devagar, ausente.

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