AVISO

OS COMENTÁRIOS, E AS PUBLICAÇÕES DE OUTROS
NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO ADMINISTRADOR DO "Pó do tempo"

Este blogue está aberto à participação de todos.


Não haverá censura aos textos mas carecerá
obviamente, da minha aprovação que depende
da actualidade do artigo, do tema abordado, da minha disponibilidade, e desde que não
contrarie a matriz do blogue.

Os comentários são inseridos automaticamente
com a excepção dos que o sistema considere como
SPAM, sem moderação e sem censura.

Serão excluídos os comentários que façam
a apologia do racismo, xenofobia, homofobia
ou do fascismo/nazismo.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

O bêbado - Aldo Luis Novelli


O bêbado
                                                                        
A um poeta desconhecido

bebia a minha terceira cerveja num bar ribeirinho
quando se aproximou arrastando os pés
- dá me umas moedas senhor? –
- e para que são amigo?
- bom, prometo-lhe que não são para comprar um litro de leite –
- bem, diga-me o que faz da sua vida? –
- beber, e o senhor?
- eu… sou poeta… creio –
- ah, não está muito seguro, eu estou seguro de ser bêbado –
- de acordo, e que faz um bêbado quando está sóbrio para fazer de este mundo perverso e absurdo um lugar melhor para viver? -
- repare, senhor, eu não sei muito bem a diferença entre estar sóbrio e bêbado, mas de algo estou certo, os sóbrios destruíram o mundo –
- tem razão amigo, o poeta é você, tome esta nota, mas com uma condição, não a vá gastar com leite -.







Sem comentários: