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terça-feira, 2 de outubro de 2018

Jerónimo assume que existe um “magno problema”




expresso.sapo.pt




Arrancaram em Santarém mais umas jornadas parlamentares dos comunistas, com as habituais intervenções do líder da bancada, João Oliveira, do eurodeputado, João Ferreira e, claro, com o discurso de Jerónimo de Sousa. 

A cúpula do PCP está em uníssono contra os desvios de direita demonstrados pelo PS e voltam a insistir no slogan que fez as últimas campanhas eleitorais do partido e que, no arranque da "geringonça", deixou de ser trave mestra dos discursos oficiais do partido: uma “política alternativa, patriótica e de esquerda”. E, já agora, acrescenta Joao Oliveira, é preciso “um Governo que a concretize”.


O PS, para os comunistas, não está a cumprir. 

O Governo “mantém-se voluntariamente amarrado a condicionamentos e imposições” vindos de Bruxelas, diz João Ferreira. Toma opções que “limitam e condicionam as possibilidades de avanço” e mantém “intocadas as opções da política de direita”, acrescenta João Oliveira. É verdade que a mudança de rumo tem carácter de “urgência”, nas palavras do líder parlamentar do PCP, mas a morte da atual solução política ainda não está declaradas.


E é aqui que está o “magno problema”, como diria Jerónimo de Sousa no discurso final da abertura das jornadas parlamentares. 

O líder referiu por diversas vezes que “é tempo de romper”, que “está na hora de pôr fim” ou que é preciso “pôr travão” a opções políticas de fundo tomadas por este Governo, mas também sabe que o PCP não pode “desperdiçar nenhuma oportunidade para garantir e dar resposta aos direitos, interesses e aspirações” dos trabalhadores e do povo.


Para bom entendedor, as palavras de Jerónimo de Sousa bastam. O orçamento de Estado está aí e o rol de exigências dos comunistas também. 

Por isso mesmo o recado fica dado ao Governo e até as principais reivindicações do PCP ficam devidamente esclarecidas. Em nove pontos, o líder do PCP pediu aumento geral de salários, um salário mínimo de 650 euros a partir de janeiro, o reforço do financiamento dos serviços públicos, o descongelamento das progressões de carreiras na administração pública, o aumento das pensões com um mínimo de 10 euros e a partir de janeiro, o reforço do abono de família, o alargamento da gratuitidade dos manuais escolares, o apoio às micro e pequenos empresários e, finalmente, a redução dos custos da eletricidade e do gás.


Mário Centeno que vá fazendo as contas. “Este é um tempo de opções”, vaticina Jerónimo de Sousa.

1 comentário:

Ci-do-mato disse...

Para chegar a um acordo, sabemos que não podemos ser inflexíveis. Podemos chegar a 9,50 euros de aumento das pensões e o alargamento da gratuidade dos manuais das matérias que são os mais importantes. E mais um feriado, porque não? E não se fala mais nisso!