A propósito das eleições no Brasil e outras eleições mundo fora, estaríamos desde já derrotados no projecto da conquista da nova sociedade, se depositássemos nas eleições em regimes de democracia-burguesa, todas as esperanças de mudança. Para as forças revolucionárias e comunistas, elas, as eleições, são tão só mais um espaço de intervenção e de luta onde se expõe com clareza o programa de classe e ideológico dos explorados contra os exploradores. As eleições não são o tudo. O tudo, continua a residir na luta sem vacilações contra o regime que gera a exploração e a opressão: o capitalismo!
Há alternativas a tudo isto? Sim, no incremento da luta de massas a todos níveis, onde a acção parlamentar não determine o caminho, mas apenas seja voz dos anseios populares. Porque isto...
"Isto não vai lá com votos!..."
Foi a expressão de Joaquim Gomes, dirigente heróico do Partido Comunista Português, na 5ª Assembleia de Célula (Extraordinária) da Siderurgia Nacional de Paio Pires, em 1987 (Paio Pires)
Vivia-se um momento de ataque ao Partido, à sua natureza de classe, identidade comunista, objectivos e regras de funcionamento, nomeadamente o centralismo democrático, a partir do chamado "Grupo dos 6". Um desses artistas, era Sousa Marques, que trabalhava na S,N, e o seu ponta de lança, o eng Sardinha.
Quero com isto dizer, sem iludir o facto de também advier mais força com mais votos e posições, que a luta do PCP está muito para além dos resultados eleitorais, muitas vezes circunstanciais.
A "eleitoralite" é um doença do sistema capitalista que tudo mede em votos e mandatos. Por isso, para os comunistas, a luta continua, reforçando as suas características essenciais, com a classe operária e os trabalhadores!
Ps: Aquando dessa 5ª Assembleia da Célula da SN, era eu o responsável pela Célula.
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