Recomendação do PCP ao Governo para aumento do salário mínimo chumbada por PSD, PS e CDS. Os três remetem a discussão para a concertação social e acusam comunistas de desvalorizar papel dos sindicatos na discussão.
Pelos cálculos do PCP, o aumento do salário mínimo nacional (SMN) para 650 euros em Janeiro de 2019 em vez de apenas para 600 euros representaria um aumento de 260 milhões de euros nas receitas da Segurança Social. Quem ganha um salário mínimo ilíquido de 600 euros recebe 534 euros líquidos, e se forem 650 euros ilíquidos, são 578 euros em termos líquidos.
Os números foram avançados como parte da argumentação do deputado comunista Francisco Lopes em defesa do aumento do SMN para os 650 euros já em Janeiro próximo, como recomenda ao Governo o projecto de resolução do PCP, que o Parlamento discutiu na manhã desta sexta-feira.
Para além do reforço da Segurança Social, Francisco Lopes defendeu ainda que o aumento da remuneração mínima representa uma distribuição mais justa da riqueza, ajuda a combater a pobreza, valoriza o trabalho e os trabalhadores, permite aumentar o valor futuro das pensões de reforma, mas também funciona como um estímulo ao crescimento económico, à criação de postos de trabalho e redução do desemprego.
"O aumento do salário mínimo nacional para 650 euros dinamiza o mercado interno, valoriza as actividades produtivas e os serviços", apontou Francisco Lopes. "Não há nenhuma razão que justifique que o salário mínimo nacional não seja fixado nesse valor em Janeiro próximo. Só a condenável insistência na exploração, nos baixos salários e na pobreza pode ser invocada para resistir à sua concretização", acrescentou
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