Julian King tinha sido indicado por David Cameron, quando o anterior comissário, também britânico, se demitiu na sequência do resultado do referendo que ditou a saída do Reino Unido da União Europeia.
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, nomeou o britânico Julian King comissário para a Segurança, encarregado da luta contra o terrorismo e o crime organizado, substituindo Jonathan Hill, que se demitiu após o Brexit, informou um comunicado.
Jean-Claude Juncker "anunciou a sua intenção de atribuir a pasta da Segurança da União a Julian King", antigo embaixador britânico em Paris, pode ler-se no comunicado. Julian King "apoiará a aplicação do programa europeu em matéria de segurança adotado pela Comissão Europeia" em abril.
Este programa de cinco anos visa lutar contra o terrorismo, o crime organizado e o cibercrime. "Trata-se de uma nova pasta, que completa as pastas existentes", acrescenta o comunicado. O presidente da Comissão Europeia informou na segunda-feira à noite a primeira-ministra britânica, Theresa May, da sua decisão.
O novo comissário, que fez a maior parte da sua carreira na Europa, é desde fevereiro embaixador do Reino Unido em França. Na Comissão Europeia, foi chefe de gabinete dos britânicos Peter Mandelson (Comércio) e Catherine Ashton (diplomacia) em 2008-2009.
O anterior comissário britânico, Jonathan Hill, demitiu-se após o voto a favor do Brexit no final de junho. A sua pasta - Estabilidade financeira, mercados financeiros e União dos mercados de capitais - passou para os comissários letão, Valdis Dombrovskis, e francês, Pierre Moscovici.
Se a nomeação de Julian King for confirmada, o novo comissário trabalhará "sob a orientação de Frans Timmermans, primeiro vice-presidente, encarregado da melhoria da regulamentação, das relações interinstitucionais, do Estado de direito e da Carta dos Direitos Fundamentais", acrescenta o comunicado, segundo o qual o seu trabalho irá apoiar o de Dimitris Avramopoulos, comissário para as Migrações, os Assuntos Internos e a Cidadania.
A nomeação foi enviada para o Parlamento Europeu para aprovação e precisa ainda de luz verde dos Estados-membros da UE.
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