Fotógrafo não identificado. Acervo Iconographia, 1934. |
A Revoada dos Galinhas-verdes, ou Batalha da Sé, foi o nome dado ao confronto armado ocorrido em São Paulo no dia 07 de outubro de 1934. Dois grupos se enfrentaram naquele dia: os galinhas-verdes — membros da Ação Integralista Brasileira (AIB) — e do outro lado estavam os anarquistas, comunistas, sindicalistas e trotsquistas comandados pela Frente Única Antifascista.
Este último grupo havia se reunido contra a realização da Marcha dos Cinco Mil, organizada pelos integralistas liderados por Plínio Salgado.
Mario Pedrosa, militante trotskista, explicaria, anos depois, a percepção da esquerda sobre a celebração integralista:
"Toda a esquerda se uniu contra a manifestação integralista que seria realizada naquele dia. O objetivo dos integralistas era atacar a organização da classe operária, a sede da Federação Sindical de São Paulo e os sindicatos que tinham sede no edifício Santa Helena, na frente do qual haviam planejado o desfile. Nós lutamos contra os fascistas e impedimos a realização da manifestação"
No confronto armado morreram pelo menos seis guardas civis, dois integralistas e o militante da juventude comunista, Décio Pinto de Oliveira, alvejado na cabeça enquanto discursava. Após o ocorrido, Décio passou a ser o símbolo do movimento antifascista brasileiro. O nome "Revoada dos galinhas-verdes" se deve ao desfecho: integralistas, que usavam camisas verdes, correram amedrontados para todos os lados, deixando ao chão suas camisas.
Este ato foi um dos grandes responsáveis pela desarticulação da Ação Integralista Brasileira, que a partir deste episódio começou a perder força em todo país, culminando com seu fechamento após o início do Estado Novo.
Edição por Museu de Imagens
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