(In Blog O Economista Português)
Caucus do Iowa
«Clinton guincha no Iowa devido a Sanders», titula hoje o calvinista New York Times. O socialista Sanders obteve nos caucus (equivalentes das primárias) no conservador Iowa os mesmos votos (menos meia dúzia) que Hillary Clinton. Apesar da lavagem de crânio dos mass media norte-americanos contra Bill Sanders, o socialista (leu bem: socialista).
Graças ao Iowa, a Srª Clinton está na rampa de lançamento para a derrota e para se dedicar aos seus deveres de avó amorosa (se a filha deixar). A sua derrota é uma boa noticia para nós.
Como Secretária de Estado, a Srª Clinton convenceu os «Europeus» (Sr. Presidente Sarkozy e tutti quanti) a bombardearem a Líbia, atraiçoou o seu aliado Mubarak no Egito, apoiou disfarçadamente o ISIS (Exército Islâmico) na Síria, fechou os olhos à opressão religiosa e das mulheres na Arábia Saudita e no Médio Oriente em geral, lançou as chamas à margem sul do Mediterrâneo, a bem dos amanhãs que cantam, e esquecendo-se dos que por cá vão labutando e já não têm braços para nadar até ao Brasil.
Um encanto de moça, em resumo. Ainda nenhum político português nos revelou que a tinha aconselhado (ou autorizado) a esta extraordinária tática.
Se for eleita, trocar-nos por um bocado do Saará, se a troca lhe der jeito. Será que isso importa aos eleitores dos Estados Unidos? Para os eleitores americanos de hoje, Portugal vale por certo menos de 0,1% do Saará pois não realizamos atentados, ao contrário de uma parte dos habitantes deste enxuto território. Mas os eleitores dos Estados Unidos lembram-se que a Mrs. Clinton que no caso Monica Lewinsky trocou o seu papel de amantissima esposa e adorada Primeira Dama por um negócio político com o esposo desamantizado (osyankees, as yankees sobretudo, acreditam que o Presidente Clinton obteve o silêncio aprovador da esposa Hillary pelo favor de não lhes revelar os estapafúrdios segredos dela e de lhe dar uns trocos fundacionais). Receando que a memória dos eleitores norte-americanos fraquejasse com a passagem do tempo, a nem sempre previdente Srª Clinton providenciou para a refrescar e com esse generoso fito meteu-se nuns estapafúrdios negócios de ocultação de informação de correspondência oficial sobre um atentado terrorista que matou um diplomata norte-americano na Líbia… depois de ela ter libertado do terrorismo este arenoso país.
Talvez a economia portuguesa se livre da pior. Talvez, não é certo. Seja como for, no Iowa despontou uma luz.
estatuadesal.com
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