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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Julian Assange entrega-se à polícia se a ONU concluir que a sua prisão foi legal


O fundador do WikiLeaks, que vive desde 2012 na embaixada do Equador em Londres, diz que foi detido ilegalmente. BBC diz que a ONU lhe vai dar razão, mas a decisão não é vinculativa.
Julian Assange durante uma conferência de imprensa na embaixada do Equador em Londres em 2014
O fundador do portal WikiLeaks, Julian Assange, disse nesta quinta-feira que se entrega amanhã à polícia se um painel das Nações Unidas concluir que a sua detenção "não foi arbitrária". "Se a ONU anunciar [sexta-feira] que perdi o meu caso contra o Reino Unido e a Suécia, eu devo deixar a embaixada ao meio-dia e aceitar a detenção pela polícia britânica, uma vez que deixa de haver uma possibilidade significativa para um futuro recurso", anunciou em comunicado.O australiano de 44 anos refugiou-se em Junho de 2012 na embaixada do Equador em Londres para evitar ser extraditado para a Suécia, onde é suspeito de violação. Em 2014 apresentou no Grupo de Trabalho da ONU para as Detenções Arbitrárias uma queixa, uma vez que, se saísse da embaixada para viajar para o Equador, país que lhe concedeu asilo, seria preso.
A resposta a essa queixa só será divulgada na sexta-feira, mas a BBC está a avançar que o painel de especialistas deverá dar razão a Assange, considerando que a sua detenção foi ilegal. Mas o parecer dos especialistas da ONU, que recolheram provas no Reino Unido e na Suécia, não tem qualquer carácter vinculativo, ou seja, não tem influência sobre as autoridades britânicas ou suecas
Se o parecer lhe for desfavorável, Assange diz que se entrega. "Porém, caso a decisão me seja favorável e se concluir que os estados agiram ilegalmente, espero que me seja devolvido o passaporte e que cessem quaisquer tentativas posteriores para me deter", diz o comunicado.
Até ao momento, a posição oficial do Governo de Londres é que uma vez que Assange agiu para evitar uma detenção legal, ainda tem a obrigação de o extraditar. Em Outubro de 2015, a Scotland Yard anunciou que retirava os polícias que mantinha à porta da embaixada do Equador — os custos da operação de segurança já ascendiam a 12,6 milhões de libras (16,7 milhões de euros) —, mas que manteria activas "tácticas" visando a sua prisão e extradição, caso saísse do edifício..
Assange chegou a ser detido em Londres, em 2010, devido a um mandato europeu de captura emitido pelo Estado sueco por ali terem sido apresentadas queixas de assédio sexual contra ele, entretanto retiradas. Já em liberdade, e depois de o Supremo Tribunal do Reino Unido ter validado o pedido de extradição, o australiano entrou na embaixada do Equador, onde pediu asilo.
Em 2015, houve contactos entre a Suécia e o Equador sobre a possibilidade de Assange ser interrogado dentro da embaixada e por funcionários equatorianos, não suecos. O fundador do WikiLeaks já tinha dito que aceitava esta modalidade e, segundo a BBC, os suecos aceitaram recentemente que assim fosse.
Julian Assange ganhou notoriedade quando, em 2010, o portal WikiLeaks começou a divulgar na Internet documentos secretos do Governo dos Estados Unidos  500 mil documentos classificados sobre o Iraque e o Afeganistão e 250 mil telegramas diplomáticos Diz que, se entrar na Suécia, corre o risco de ser extraditado para os EUA e julgado por divulgação de segredos de Estado.

1 comentário:

José Gonçalves Cravinho disse...

O que causa espanto é a democrática Suécia que não faz parte da Horda mercenária da NATO,todavia aceita participar nesta tramóia forjada pela CIA.E o facto da Austrália não se preocupar com a sorte do seu cidadão,isso não me causa espanto,pois a Austrália embora não faça parte da Horda,todavia faz parte da «Quadrilha» do anglo-saxão Imperialismo como «filha»da Inglaterra imperial.