Isabel dos Santos avança para a compra de 10% do BFA.
A guerra entre Isabel dos Santos e a equipa de gestão do BPI voltou a aquecer. A empresária angolana, segunda maior acionista do banco através da Santoro, quer avançar com a compra de 10% do Banco de Fomento de Angola (BFA) por discordar da solução que a equipa de Fernando Ulrich traçou – a cisão dos ativos de África.
Além da participação no banco português, Isabel dos Santos é também a segunda maior acionista do BFA, através da Unitel.
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Numa carta dura, ontem tornada pública, Isabel dos Santos considera "desrespeitoso que o BPI, tendo um processo negocial em curso com a Unitel, tenha decidido abandonar esse processo aprovando a solução que sabe não ser aceite pelo seu parceiro do BFA". E fê-lo, diz a angolana, "sem dar uma palavra prévia".
Isabel dos Santos não queria que a solução para o BFA passasse por uma cisão simples, entendendo que a melhor opção era dispersar o capital em bolsa até 30%. Segundo a empresária, a gestão do BPI terá alegado falta de tempo para rejeitar esta segunda hipótese.
Agora, Isabel dos Santos vem dizer que esta sua "posição de não aceitação da solução proposta [cisão dos ativos africanos] não está condicionada a qualquer negociação, sendo final e definitiva". Mais: a empresária diz que a contraproposta de compra do BFA por 140 milhões só está em cima da mesa até ao final deste mês.
CM
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