A propósito da eleição de Marcelo Rebelo de Sousa. Primeiro: parabéns a Marcelo. Quis e conseguiu. Foi premiado. Segundo: parabéns aos portugueses: quiseram e tiveram o que quiseram. Terceiro, parabéns à democracia que permitiu a Marcelo ser eleito e aos portugueses elegerem quem quiseram. Estamos todos de parabéns. Assim é que é bonito!
Sou, desde que me conheço, adepto e praticante do princípio (herança materna) de que, em boa parte, temos o que merecemos e somos capazes de alcançar.
Como povo fomos tendo ao longo da História o que conseguimos. Temos uma História que nos diz que somos mais assim - como a primeira ilustração: obedientes e servis e só raramente como os da segunda ilustração, os assado que se revoltam. O resultado desta eleição é apenas mais um acto de mansidão. Venham a mim os mansos, poderia Marcelo dizer.
Hoje, mais uma vez, fomos mais assim e digo-o sem qualquer azedume, nem tristeza, do que assado.
Guterres, aquele que poderia ser o presidente em vez de Marcelo, também pensa assim como os portugueses: não lhe agrada muito pertencer ao rebanho dos servos, dos assim, mas ainda lhe agrada menos meter-se em assados de revolta e contestação. Prefere um trono de dar bons conselhos sem consequências, como o da ONU. É o melhor exemplar de português que refila mas amouxa.
É fácil, neste quadro de assim, contra assado(S), perceber a ausência de jovens da política nacional e a sua fuga para o emprego no estrangeiro. Nem são assim, dispostos a serem servos, nem querem ser obrigados aos assados de uma revolta. Os pais e os avós já se queimaram por isso e até as pensões lhes levaram.
Marcelo escolheu para palco da sua proclamação aos súbitos a Faculdade de Direito, o local que forma os guardiões da lei, da ordem, da conservação. A sede do império dos desafectos, que todas as faculdades de direito são. Escolheu o local da impostura em que assentamos a nossa vida colectiva: a de que a de que a lei promove a justiça, quando de facto promove a ordem e defende o poder.
Para ser coerente, Marcelo deveria ir a Fátima agradecer e tomar posse em Mafra. Os locais em que os portugueses celebram a fé e a crença no divino para a realização dos seus desejos e derrota dos seus temores.
É essa política que Marcelo nos promete: ordem e fé, O mesmo que prometeu o seu padrinho e homónimo Caetano aos portugueses ao tomar posse: fé no futuro porque temos um passado abençoado. Funcionou até à revolta dos descamisados…
Assim e assado
Sou, desde que me conheço, adepto e praticante do princípio (herança materna) de que, em boa parte, temos o que merecemos e somos capazes de alcançar.
Como povo fomos tendo ao longo da História o que conseguimos. Temos uma História que nos diz que somos mais assim - como a primeira ilustração: obedientes e servis e só raramente como os da segunda ilustração, os assado que se revoltam. O resultado desta eleição é apenas mais um acto de mansidão. Venham a mim os mansos, poderia Marcelo dizer.
Hoje, mais uma vez, fomos mais assim e digo-o sem qualquer azedume, nem tristeza, do que assado.
Guterres, aquele que poderia ser o presidente em vez de Marcelo, também pensa assim como os portugueses: não lhe agrada muito pertencer ao rebanho dos servos, dos assim, mas ainda lhe agrada menos meter-se em assados de revolta e contestação. Prefere um trono de dar bons conselhos sem consequências, como o da ONU. É o melhor exemplar de português que refila mas amouxa.
É fácil, neste quadro de assim, contra assado(S), perceber a ausência de jovens da política nacional e a sua fuga para o emprego no estrangeiro. Nem são assim, dispostos a serem servos, nem querem ser obrigados aos assados de uma revolta. Os pais e os avós já se queimaram por isso e até as pensões lhes levaram.
Marcelo escolheu para palco da sua proclamação aos súbitos a Faculdade de Direito, o local que forma os guardiões da lei, da ordem, da conservação. A sede do império dos desafectos, que todas as faculdades de direito são. Escolheu o local da impostura em que assentamos a nossa vida colectiva: a de que a de que a lei promove a justiça, quando de facto promove a ordem e defende o poder.
Para ser coerente, Marcelo deveria ir a Fátima agradecer e tomar posse em Mafra. Os locais em que os portugueses celebram a fé e a crença no divino para a realização dos seus desejos e derrota dos seus temores.
É essa política que Marcelo nos promete: ordem e fé, O mesmo que prometeu o seu padrinho e homónimo Caetano aos portugueses ao tomar posse: fé no futuro porque temos um passado abençoado. Funcionou até à revolta dos descamisados…
Assim e assado
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