Um representante do Governo da Alemanha considerou, esta segunda-feira, que o princípio da livre circulação na União Europeia está "em perigo", depois de a Dinamarca e a Suécia terem reposto o controlo de fronteiras.
Os passageiros de comboio, autocarro e ferry que façam a travessia da Dinamarca para a Suécia terão de apresentar um documento de identificação
"A liberdade de circulação é um princípio importante, uma das maiores realizações (da União Europeia) nos últimos anos", disse à imprensa o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Martin Schaefer.
"Schengen é muito importante, mas está em perigo", acrescentou.
O porta-voz do ministro Frank Walter Steinmeier respondia ao anúncio pela Dinamarca da reposição dos controlos na fronteira com a Alemanha, no mesmo dia em que entraram em vigor novas medidas restritivas da entrada de migrantes na Suécia.
"Seja o que for que aconteça na Europa, é sempre melhor ser de maneira concertada", prosseguiu Schaefer, sublinhando ser "importante agir em conjunto para que Schengen funcione" e seja possível "manter o princípio da livre circulação".
"A solução" para a crise dos refugiados que chegam à Europa "não pode ser encontrada na fronteira do país A com o país B", disse também o porta-voz da chanceler alemã Angela Merkel, Steffen Seibert, apelando para "uma solução europeia comum".
A Dinamarca anunciou hoje a reposição dos controlos na fronteira com a Alemanha, horas depois de a Suécia anunciar decisão semelhante. O primeiro-ministro dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, justificou a decisão como uma reação à medida tomada pela Suécia: "Estamos simplesmente a reagir à decisão da Suécia", disse.
A reposição temporária de controlos é permitida pelas regras do espaço europeu de livre circulação Schengen, o que foi referido pelo porta-voz da chanceler.
A Alemanha é um dos países que repôs controlos fronteiriços temporários. Além da Alemanha, Suécia e Dinamarca, Áustria e França, bem como a Noruega, que não é membro da UE mas integra Schengen, mantêm este tipo de controlos
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