Iraque "Estou a criar e a treinar um exército cristão para lutar"
Chama-se Matthew VanDyke, tem 35 anos e é de Baltimore. Com um mestrado em Estudos de Segurança tirado na Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos, este homem diz ter sentido o chamamento de Deus.
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Fox News
“Estamos muito empatados neste momento, incapazes de continuar. Já investi uns 12 mil dólares do meu próprio dinheiro, estou a ficar falido por fazer isto. Precisamos mesmo de mais doações para ajudar os cristãos a defenderem-se a assumirem a luta contra o Estado Islâmico”, disse o norte-americano em direto.
A sua missão é acabar com a guerra que os jihadistas estão a levar a cabo contra os cristãos, mas para isso, garante, precisa de ajuda.
Van Dyke criou uma empresa, a Sons of Liberty International (SOLI), que visa “dar consultoria e treino militar gratuito às forças locais que estão a lutar contra terroristas e regimes opressivos”.
O seu “dever de Cristão” levou-o primeiro à Líbia, ainda antes da revolução que ficou conhecida como Primavera Árabe. Foi detido, feito prisioneiro, libertado, novamente feito prisioneiro e novamente libertado.
Regressou aos Estados Unidos, mas não conseguiu voltar à sua vida dita normal. Viajou então para o Iraque onde está a “criar e treinar um exército cristão para lutar” contra os extremistas do Estado Islâmico.
No entanto, os conterrâneos que o acompanhavam nesta missão acabaram por o abandonar à sua sorte, pois depois da entrevista à Fox News tiveram receio que as atividades que andavam a levar a cabo não tivessem sido autorizadas pelo governo norte-americano.
A questão, explica o jornal i, é que nos EUA a lei referente ao treino militar de cidadãos estrangeiros é muito rigorosa. Quem não a cumprir à letra arrisca pena de prisão ou pagamento de avultadas multas.
“Ninguém estava a sancionar-nos e parte dos objetivos fulcrais da SOLI é atuar onde o governo falhou. Portanto, ir pedir autorização a governos que já falharam não é particularmente produtivo”, explicou VanDyke quando questionado sobre este tema pela revista Mother Jones, tendo acrescentado e assegurado que a sua empresa “cumpriu os requisitos de registo dos EUA”.
O 'soldado de Deus' garantiu ainda que o Departamento de Estado norte-americano está muito satisfeito com os seus feitos alcançados no Médio Oriente. No entanto, acrescenta o jornal i, há quem garanta que tal afirmação não é verdadeira.
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