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terça-feira, 23 de junho de 2015

DISCURSO DIRECTO - Eu posso ser mal interpretado mas se eu acredita-se em deus ele teria que ser brasileiro.



DISCURSO DIRECTO
Eu posso ser mal interpretado mas se eu acredita-se em deus ele teria que ser brasileiro.
nunca me moveram pensamentos, práticas ou atitudes racistas.
felizmente !
O que sei da vida é do que tenho vivido, do que tenho visto, do que tenho lido e muito cedo tomei posições que para muitos do meu tempo eram posições loucas e descabidas.
Cedo tomei conhecimento com gente da oposição à ditadura de Salazar e de Caetano, uns militantes outros simplesmente homens que nunca aceitaram as injustiças e as mentiras do regime.
alguns já partiram, outros mudaram e outros ainda por aí lutam com a mesma vontade de transformar esta pocilga a que portugal chegou
Como em todos os recantos do mundo na minha terra nada sou (santos de casa não fazem milagres) já que não tenho recursos económicos nem me dobro à ignorância e à prepotência de fascistas, de de ricos e pseudo- ricos.
No tempo do fascismo escrevi a Marcelo Caetano (papel de carta e caneta de tinta permanente) em abono dum "amigo" para o livrar da guerra colonial naquela hipótese conhecida que era o chamado "amparo de mãe".
Fui avisado pelas pardas eminências da minha terra de que era perigosa a minha atitude e para tratar da papelada esperei de noite (mais de duas horas) na rua para ser atendido na altura pelo representante da junta de freguesia que nada fez e recalcou a perigosidade da minha atitude já que essa coisa de escrever aos "deuses do fascismo" era algo de que muitos tinham medo inclusive os que eram do sistema e eram os bufos de serviço nessa altura.
Gente da minha idade e mais velha sabem perfeitamente da veracidade do que estou a dizer mas só alguns, os mais sinceros e honestos são capazes de falar do assunto com honestidade.
Recebi resposta e a minha exposição teve aceitamento e anos mais tarde fui rotulado de comunista precisamente pelo gajo a quem "salvei a pele" de ir bater com os costados na guerra colonial como eu.
Cumpriu-se a triste saga de que é necessário quem lute, quem dê a cara para que haja oposição ao regime (só para isso) e hoje ainda muita gente "come" da lutas que outros travam mas que na primeira oportunidade estão e estarão sempre de faca afiada para cravar nas costas de quem tem coragem e frontalidade para combater as injustiças.
Esta triste situação é a realidade do que se passa em Portugal! existem os que lutam e depois os outros que vivem sempre na sombra dessa luta e que dela usufruem, mas nada fazem para engrossar o protesto de quem trem razão. Vivem estes "camaleões sempre dissimulados e na tal política de se dar bem com deus e com o diabo e sempre que o sistema mude lá estão eles com as várias caras, as máscaras que escolheram para viver a sua vida em sociedade.
Se acreditasse em deus ele teria que ser brasileiro, um deus com muita lábia, com muitas promessas de felicidade, de milagres de forrós religiosos onde só ele reina apesar de toda a fome, toda a miséria, toda a desigualdade, vigarices, assassinatos mas onde a alienação é o pão nosso de cada dia e onde o poder é exercido pelos "anjos" da opulência e do luxo com sede no vaticano que sempre traíram o povo fazendo o pacto com o "outro poderoso" o belzebu ou melhor explicando com o capital e os donos do mundo em que alguns "inocentes" teimam em idolatrar.
António Garrochinho

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